essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.
Boa leitura <3
Harry, ainda naquele dia, não se importou de ter chegado tarde demais na casa de seus tios. Ele continuou naquela calçada, olhando para o lugar em que Lucius e Draco haviam desaparecido, esperando que Draco voltasse assim como sumiu, indo até Harry e o abraçando, dizendo que poderiam conversar e se abraçar até o anoitecer, assim Harry poderia sentir seu cheiro de novo.
Mas Draco não apareceu. E Harry ficou sozinho até o céu ganhar tonalidades escuras, anunciando que anoitecera.
A única coisa que Harry tinha de Draco era a caixinha com o nome do Malfoy gravada nela, e o seu casaco quentinho, no qual Harry guardou cuidadosamente em seu lugar preferido debaixo da escada, esperando que Draco voltasse para poder entregá-lo de volta, apesar de Draco ter dito que o casaco pertencia a Harry.
Harry nunca mais viu Draco desde então. Ele passou a ir ao parque quase todos os dias, mas nunca o encontrava. Passava, também, horas na janela da cozinha da tia Petúnia, encarando todas as pessoas que ali passavam apesar de querer apenas uma pessoa ali.
Mas Harry nunca viu alguém que ele se importasse em encontrar.
Harry lembrou quando conversava com Draco sobre as coisas de Hogwarts. Draco fez Harry conhecer um novo mundo apesar de nunca tê-lo vivenciado.
Harry sabia da existência Hogwarts, Hogsmeade, da Plataforma 93/4, do Ministério da Magia, de Azkaban, entre outros lugares mágicos, apesar de nunca mencioná-los com os seus tios.
Tinha vezes que Harry fazia alguns antigos e quebrados brinquedos de Dudley se mexerem, assim como Draco havia o ensinado alguns dias atrás. Dos brinquedos quebrados, Harry foi para a comida. Às vezes, Harry tentava fritar os ovos sem ao menos tocar na frigideira, mas tia Petúnia sempre lhe dava um pontapé e um sermão por não tocar na frigideira e se distrair com o ovo fritando, já que Harry tinha que encará-lo para que pudesse ser enfeitiçado.
Harry, com o passar dos dias, começou a ficar muito bom em magia, embora seus tios nunca perceberem o avanço do sobrinho nessa área.
Uma vez, quando Dudley estava brincando com um helicóptero de controle remoto, Harry fez o helicóptero deixar de ser controlado por Dudley, passando a ser controlado por Harry, que guiava o helicóptero com o olhar e se divertia com a reação do primo, que não fazia idéia de que era Harry o causador de tudo aquilo.
Mas um dia, Dudley percebeu: era Harry que estava controlando seus brinquedos, e não o brinquedo que perdia o controle.
- Papai, Harry está fazendo coisas estranhas com meus brinquedos. - disse Dudley uma vez.
Petúnia e Válter sabiam o que era aquilo que Harry fazia, e trancaram-no no armário sob a escada, castigando-o por usar magia.
Teve outra vez que, enquanto Harry estava olhando através da janela da cozinha, ele tentou fazer Draco aparecer, mas a única coisa que conseguiu fazer foi à janela estilhaçar. Harry foi trancado no armário novamente naquele dia.
Harry completou oito anos, e Draco continuou não aparecendo, e isso não impediu Harry de continuar a olhar para a janela em busca de Draco embora nunca o encontrasse.
Harry completou nove anos e desistiu de procurar por Draco, desejando apenas que seus onze anos chegassem e ele pudesse ir para Hogwarts, para rever Draco novamente.
"Não se preocupe, Harry. Mesmo se eu deixar de vim aqui todos os dias, nós vamos nos ver de volta em Hogwarts. Assim nós vamos nos ver todos os dias sem precisar ser escondido do papai e dos seus tios." a voz doce de Draco não saia de sua cabeça.
Mas a ansiedade atacou Harry quando ele completou dez anos. Harry passou a sonhar todos os dias com Draco e seu pai, e Harry chegou a sentir falta de ar por nunca ver Draco pela janela, tendo crises de ansiedade violentas.
Harry passou a ir ao parque todos os dias embora brincar lá tivesse deixado de ter graça. Já fazia três anos que Harry não encontrava o pequeno Malfoy e ele chorava quase todos os dias por causa disso.
O casaco quente que Draco lhe dera no dia que se conheceram já não servia mais nele, mas ele continuava a usá-lo, pois, por mais que o casaco fosse velho, ele ainda cheirava a ele. A Draco. E Harry usava-o para poder sentir o cheiro de Draco novamente.
Harry, um pouco antes de completar seus onze anos, começou a receber cartas de Hogwarts, mas nunca conseguía lê-los, pois tio Válter queimava-as toda vez que apareciam em sua casa.
Harry só foi ler a sua carta quando Hagrid, Guardião das Chaves e dos Terrenos de Hogwarts, apareceu. Foi só Hagrid dizer seu próprio nome que Harry já sabia quem ele era, já que Draco havia comentado sobre o meio-gigante enquanto falavam de Hogwarts (Draco dizia coisas boas sobre Hagrid apesar de Lucius achar que o gigante era apenas o escravo de Hogwarts).
Hagrid, então, levou Harry para O Beco Diagonal (Harry sabia onde o lugar ficava e o que ele tinha graças a Draco) para comprar as coisas necessárias para ir à Hogwarts; Harry, no entanto, teve de ir à loja da Madame Malkin - Roupas para Todas as Ocasiões; e avistou cabelos loiros familiares na mesma hora que pisou na loja.
Draco Malfoy estava lá. E, aparentemente, não havia mudado nada.
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O Menino loiro do Parquinho
FanfictionHarry se assustou "Nos conhecemos há quase dez anos e eu, desde que te vi sentado naquele brinquedo do parque, seu rosto inocente demonstrando completa insegurança, eu me apaixonei" porque, repentinamente, um garoto louro, mais ou menos da mesma i...