essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.
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Boa leitura <3
Após Harry voltar à comunal da Grifinória depois da visita no escritório de Dumbledore, percebendo que nem Hermione e nem Ron estavam acordados, ele foi direto para o dormitório dos meninos apesar de demorar duas horas para pegar no sono. Sua cabeça latejava e ele achava que ela poderia explodir a qualquer momento. Mas ele acabou, felizmente, conseguindo dormir, embora no dia seguinte ele acordasse com olheiras enormes, motivo para Hermione perguntar o que acontecera com ele noite passada.
Hesitando, Harry acabou contando tudo o que acontecera desde que pisara no escritório do diretor noite passada. E acabou questionando e refletindo com os amigos o porquê de Draco não ter mudado de opiniões quando Harry o tocou e disse as palavras que despertavam o verdadeiro lado de Draco, deduzindo que, talvez, Lucius tivera estragado a mente do filho mais do ela já estava.
- Eu não acho que foi isso. - comentou Ron enfiando uma tortinha de abóbora inteira na boca. - Olha, ele devia estar só tentando se proteger... tentando fingir, não?
Hermione o olhou com repulsa, então respondeu:
- Temos de tentar ser realistas, Ron. Por mais que eu também queira que Draco estivesse fingindo, nós temos de aceitar que isso talvez tenha acontecido, por mais que a verdade doa.
- Mas você nem sabe se é verdade, Mione! - disse Ron logo em seguida. - Se você não acredita em minha teoria, o que você acha que realmente aconteceu na sala do Dumbledore entre Draco e o pai dele, então? Acha que o pai de Draco o torturou até ele ficar mais maluco do que já está?
Hermione ficou escarlate, encarando Ron ameaçadoramente. Mas Harry nem percebeu... aliás, ele nem estava os ouvindo naquele instante. Ele tinha o queixo apoiado na palma das mãos, sem tirar os olhos de um certo loiro sonserino.
Harry estava triste, e tudo pareceu voltar a como era no primeiro ano: Harry, agora, se sentia depressivo quando Draco o encarava com desdém.
- E-Eu acho que Harry tem que conversar com Draco novamente. - comentou Hermione, com os rastros avermelhados que a vergonha havia deixado nela ainda no rosto. - Você vai conversar com ele, não é, Harry? - mas Harry não ouvia palavra alguma. - Harry!
Como se estivesse acabado de acordar com um choque, o citado olhou para Hermione na mesma hora, assustado.
- O quê? - perguntou o moreno.
- Você vai conversar com Draco, não vai? - repetiu Hermione apreensiva.
Harry não conseguiu reprimir um gemidinho de frustração. Assim abaixou a cabeça e escorou-a sobre a mesa, apoiando sua mão sobre o coro cabeludo.
- Não. - murmurou Harry.
Suspirando impacientemente, Hermione puxou as vestes de Harry para cima, fazendo-o sentar com postura na mesma hora, e Harry encarou a amiga através dos óculos tortos sobre o rosto, com um olhar triste. Hermione não se importou.
- Ah, você vai sim. - continuou ela. Harry fez força para continuar a apoiar a cabeça na mesa mas Hermione não deixou o amigo se mexer. - Você precisa falar com ele se quiser saber o que realmente aconteceu noite passada.
Harry soltou um bufo e saiu da cadeira, empurrando a mesa, minimamente, para trás, atraindo a atenção de seus colegas grifinórios. Todavia Harry contornou a mesa da Grifinória arrastando os pés até chegar na mesa da Sonserina, onde se aproximou de Draco (que, assim como sempre, estava isolado de seus colegas pois os sonserinos achavam-no estranho) e se sentou ao seu lado.
Quando o moreno se sentou na mesa, Draco se arrastou para o lado oposto de Harry na mesma hora, como se a cadeira fosse um botão cuja função arrastasse Draco, e Harry tivesse o apertado ao sentar. Harry suspirou triste e, ao olhar para a mesa da Grifinória (avistando Hermione o encarando ameaçadoramente enquanto Ron comia igual um porco), tomou coragem e disse, olhando para o Malfoy:
- Draco...
Draco não conseguiu impedir uma lágrima de sair de seus olhos, mas Harry não percebeu que Draco estava chorando pois o loiro secou a bochecha rápido o suficiente para Harry não perceber.
- Draco... - continuou Harry, não ousando em se aproximar do citado, esperando que o sonserino se aproximasse dele por conta própria. - Draco...
Dessa vez, ao invés de secar as lágrimas que teimaram em sair assim que Harry pronunciava seu nome, Draco botou suas mãos sobre a orelha, como se não quisesse ouvir seu nome novamente, chorando baixinho.
Desistindo de chamar seu nome pois saberia que Draco não o ouviria, Harry se aproximou cuidadosamente do loiro, que fazia de tudo para impedir Harry de ver que ele estava chorando.
- Não chegue perto de mim, Harr... Potter. - se auto-corrigiu Draco percebendo a aproximação do Potter, ainda tampando os ouvidos embora conseguisse escutar os ruídos dos talheres e as conversas frenéticas dos alunos.
- Esteve fingindo, não é? - perguntou Harry percebendo que a teoria de Ron estava certa. - Você está só fingindo que ainda tem rivalidade comigo. Mas... por que? Está com medo de seu pai o punir novamente pois ele te ameaçou ontem à noite, não foi? Draco... por favor. Ele não vai fazer isso de novo. Ele não pode... eu vou te proteger, Draco. Não vou deixar que ele te machuque de novo.
Embora tentasse reprimir os soluços chorosos, Draco não conseguia impedir a ele mesmo de chorar. Ele estava ouvindo todas as palavras de Harry por mais que sua mão estivesse sobre sua orelha, pois ela estava frouxa.
- Suas cores verdadeiras, Draco, não se esqueça delas.
- Eu n-não sei do q-que está f-falando... - gaguejou Draco.
Estremeceu quando sentiu a mão de Harry afagando seu ombro. Mas não podiam manter contato, e foi por isso que Draco disse:
- N-Não me t-toque.
Harry sorriu triste, e o obedeceu, deixando Draco surpreso. Assim, Harry saiu da mesa da Sonserina e voltou a da Grifinória, contando aos seus amigos tudo o que ele havia concluído após sair de perto de Draco.
Draco, por sua vez, ao ver que Harry havia se levantado e se afastado dele, se entregou totalmente, afundando sua cabeça entre seus braços sobre a mesa e chorando copiosamente.
Por mais que não fosse muito bom nisso, Draco estava fingindo (ou pelo menos tentando fingir) que não se lembrava da amizade que tivera com Harry. Mas Harry não havia acreditado nele e, caso Lucius soubesse que Draco não estava tendo sucesso em fingir, Draco estaria encrencado.
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O Menino loiro do Parquinho
Fiksi PenggemarHarry se assustou "Nos conhecemos há quase dez anos e eu, desde que te vi sentado naquele brinquedo do parque, seu rosto inocente demonstrando completa insegurança, eu me apaixonei" porque, repentinamente, um garoto louro, mais ou menos da mesma i...