"Cap.27 - O Trio de Prata"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

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Pansy passou a seguir Draco todos os dias na escola, sempre tentando descobrir mais sobre ele. Ela sabia que ele escondia algo obscuro dentro de si e ela não desistiria até saber o que era aquela mágoa. Harry, quando cruzava com Draco no corredores e via Pansy à sua cola, se sentia desconfortável. Harry sempre tinha de suspirar profundamente. Talvez estivesse com ciúmes apesar de Draco fingir que Pansy não existia embora fosse difícil viver com ela ao seu pé, ouvindo milhares de perguntas e ignorando todas elas.

Porém, além daquele sentimento de ciúmes, Harry se sentiu aliviado quando, por meio de cartas, ele ficou sabendo que o seu antigo brinquedo estava seguro com Draco.

Os grifinórios e sonserinos haviam acabado de sair da aula de Transfiguração da Profa. McGonagall que Pansy já estava ao pé de Draco, só que apenas estava o seguindo, não fazendo perguntas como: "posso ver o brinquedo?", "o que você e Potter andam fazendo?", "o que deu em você?" entre outras coisas.

Draco, mesmo não gostando de ouvir todas aquelas perguntas, estranhou o fato de Pansy estar calada. Balançou, assim, a cabeça para afastar aqueles pensamentos e continuou andando firmemente, com a mão apertando o bolso da calça com o propósito de impedir do brinquedo de sair caso alguma coisa acontecesse.

Virou o corredor e viu que Pansy ainda estava atrás de si. A próxima aula seria Adivinhação mas Draco não subiu a torre para a sala de Trelawney; ao invés disso, ele virou a esquerda com o intúito de fazer Pansy perdê-lo de vista. Mas Pansy foi atrás.

Contudo, ele parou de andar quando a adrenalina se esvaziou do seu corpo no momento em que ele sentiu braços o envolverem num abraço atrás de si.

Primeiramente ele pensou em ser Harry porque, quando estavam sozinhos, Harry costumava o abraçar assim. Mas, além de sentir os braços serem menores que os de Harry, Draco pensou que o grifinório não faria isso no meio de um corredor com dezenas de alunos ao redor.

Pensou, no entanto, que talvez fosse sua mãe. Mas o que Narcisa faria no meio de Hogwarts abraçando o filho sem nem ao menos conversar com ele antes?

- Me desculpe. - disse a voz num tom choroso.

Draco tomou um susto. Ele reconheceu aquela voz assim que ela foi dita. Era a voz que lhe fazia perguntas invasivas todos os dias. Era a voz de Pansy Parkinson, que o abraçava fortemente no meio de vários alunos.

- P-Pansy... - começou Draco percebendo que o aperto afrouxou e se virando para ficar de frente para a garota.

As pessoas em volta não desviaram o olhar dos dois sonserinos abraçados nem quando Draco encarou a todos ameaçadoramente. Puderam-se ouvir cochichos, deixando Draco desconfortável, motivo para arrastar Pansy para o primeiro armário de vassouras. Entrou depois dela e escorou seu corpo sobre a porta, impedindo quaisquer pessoas de entrarem.

- O que deu em você? - perguntou Draco entre os dentes, apreensivo.

Para o desespero do loiro, Pansy começou a fungar e logo lágrimas começaram a brotar de seus olhos angustiados.

- M-Me d-desculpa... - gemeu ela tentando conter os soluços e as lágrimas que eram secadas por ela assim que caiam. - E-Eu não sabia... que v-você tinha um segredo tão sombrio dentro de si. Me d-desculpa por ficar te fazendo perguntas que não eram da minha conta t-todos os dias. V-Você esconde tantas mágoas p-por trás desse seu rosto d-despreocupado. Eu nunca imaginaria que esse r-rancor seria tão profundo.Eu s-sinto muito por te pressionar.

- Pansy, - começou Draco não compreendendo nada do que ela dizia. - se acalme. Do que você está falando?

Pansy fungou forte.

- E-Eu descobri tudo. Sobre seu passado com o Potter. Sobre como aquele brinquedo que você carrega no bolso todo santo dia significa tanto para você. O porquê do Chapéu Seletor ter demorado mais de seis minutos na sua cabeça. De você deixar de visitar Hogsmeade só para ficar com Potter...

- M-Mas... - perguntou Draco estupefato. - mas como? E-Eu nunca te respondi nenhuma pergunta. Como você ficou sabendo disso?

Pansy soluçou.

- O-Ouvi Granger e Weasley conversando sobre isso escondido ontem lá em Hogsmeade. Eu ouvi tudo e comecei, a partir do seu modo de agir e do comportamento de Potter, a ligar todos os pontos, descobrindo a verdade. Eu descobri e eu não sabia o quão obscuro seu passado foi. Me perdoe.

Draco deixou de fazer pressão sobre a porta sem perceber que fizera, e se aproximou de Pansy, tentando acalmá-la.

- Olha... sossega. Isso é passado, não vai mais acontecer. Vê? Estou bem agora. Estou saudável, sou feliz e quero que também fique. Apenas, por favor, mantenha disso um segredo, ok? Ninguém além de mim, Harry, Ron, Hermione e Ginny, sem contar com Dumbledore, pode ficar sabendo disso. Por favor.

Pansy parou de chorar, e seu semblante angustiado foi substituído por um horrorizado.

- Ops. - murmurou ela com cara de choro.

O coração de Draco saiu pela boca.

- Você contou para alguém? - perguntou o loiro tentando manter a calma embora estivesse mais pálido que o normal.

O rosto de Pansy se contorceu em culpa. E ela assentiu.

- Quem você contou? - perguntou Draco novamente, desesperado.

- Blaise. - respondeu ela com a voz falha.

- O QUÊ!? - berrou Draco apertando seus cabelos prateados enquanto Pansy chorava mais alto.

Na mesma hora, a porta se escancarou atrás de Draco, que se virou na mesma hora. Era Blaise Zabini que, ao abrir a porta, entrou dentro do armário apertado com eles e fechou a porta atrás de si.

- Draco... - começou Blaise respirando pesadamente. - Draco, me perdoe... por tudo. Eu não fazia ideia. Desculpe-me por te provocar todos os dias por causa daquele brinquedo, que, até Pansy me contar, eu achava ser desnecessário.

Draco sentiu os olhos lacrimejarem, e Blaise continuou falando:

- Por favor, eu juro que não faço mais isso. Eu fui um idiota. Olha... eu posso te ajudar como um pedido de desculpas por tudo o que eu te fiz, sabe? Caso o brinquedo perca o efeito ou você perdê-lo, ou alguém roubá-lo. Eu quero te ajudar.

- E-Eu também. - se manifestou Pansy com o rosto encharcado pelas lágrimas.

Draco sentiu o coração se aquecer quando Pansy e Blaise se aproximaram dele e o abraçaram coletivamente.

- Você não está sozinho. - começou Blaise sem soltá-los. - Estamos com você.

Pansy balançou a cabeça afirmativamente, enfatizando a fala do moreno.

- Mais alguém sabe? - perguntou o loiro preocupado.

- Não. - responderam os dois em uníssono.

Draco sorriu embora nenhum dos dois pudessem ver seu sorriso.

- Temos de sair daqui, não? - perguntou Pansy se soltando, secando suas lágrimas e sorrindo. - Vamos nos atrasar para a aula da Trelawney.

- Já estamos atrasados. - comentou Draco. Todos riram.

Blaise abriu a porta e eles saíram, andando até a torre para a aula da Adivinhação. Juntos.

Viraram, assim, amigos inseparáveis. Sempre estando do lado um do outro, ajudando a eles mesmos a qualquer hora.

E foi assim que o Trio de Prata se formou em Hogwarts.

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bjs, saah

💋

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora