"Cap. 70 - O Ataque"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

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Já era tarde quando Harry e Draco voltaram para as suas comunais, tanto que se viram obrigados a usar a Capa da Invisibilidade de Harry — ele sempre trazia a Capa consigo nos dias de AD — para não serem pegos por Filch. Às pressas, Harry levou Draco até a parede de pedra que dava às masmorras da Sonserina, de modo que o trajeto da Sala Precisa até lá fosse invisível, e foi só então que, sozinho, depois de se despedir de Draco com alguns beijos que levaram mais tempo que o esperado, ele voltou invisível até a comunal da Grifinória.

    Ron e Hermione estavam em frente à lareira, acordados, eles faziam a tarefa de casa até Harry chegar, o que foi suficiente para eles perguntarem ao garoto onde ele esteve.

    — Vocês não deviam ter esperado por mim acordados. — bocejou ele. — Olhem, preciso contar uma coisa a vocês.

    Harry contou tudo o que aconteceu entre ele e Cho na Sala Precisa, e, para o alívio de Ron e Hermione, que Draco o entendera em relação àquilo; contou, também, sobre a cura pronta de Dumbledore, e que Draco agora estava curado completamente. Mas eles estavam com muito sono, e os três se viram incapazes de continuarem acordados, o que os fez terem a decisão de irem dormir.

    Uma vez deitado em sua cama, com um alívio no peito, e sorrindo sem perceber, Harry adormeceu. Por um segundo, ou até dois, poderia estar sonhando qualquer coisa boba; Cho estava com o cavalo de brinquedo em mãos, choramingando que Cedric a dava vários brinquedos no Natal, então Draco chegou e disse que Harry tinha que beber uma cura para que Cho o soltasse, então ele o beijou; Cho se transformou em Dobby, que disse alguma coisa sobre meias, mas...

    O sonho mudou, Harry agora sentiu seu corpo liso e flexível; estava no chão, deslizando, virou a cabeça, então viu um homem e uma mulher sentados ao chão, parecendo ambos atordoados. Harry sentiu vontade de mordê-los, precisava, contudo, controlar o impulso, mas não conseguiu.

    Harry atacou-os uma vez, duas, três, enterrando suas presas na carne de Arthur Weasley e Narcisa Malfoy, o sangue jorrava quente, e manchava o chão enquanto Harry sentia a cicatriz doer horrivelmente, como se ela fosse se romper.

— Harry! HARRY!

    Harry abriu os olhos. Ron e mais alguém estavam diante dele, ligeiramente assustados.

    — Harry, quer que chamamos alguém?

— Seu pai. — ofegou Harry, fraco. — Seu pai... foi atacado... e a mãe do Draco... foram mordidos, é grave, tinha sangue por toda parte...

— Harry, você não está bem. — disse Ron. — Neville, vá buscar ajuda.

Harry ouviu um murmúrio de concordância, e alguém saindo do quarto.

— Eu estou ótimo! — gemeu Harry, tremendo. — Não tem nada errado comigo, é com o seu pai que você tem de se preocupar... precisamos descobrir onde é que ele está, e onde a mãe do Draco também... estão sangrando feito loucos... eu era... foi uma cobra enorme.

Ron o empurrava de volta à cama toda vez que ele fazia menção de se levantar, até que ele ouviu passos, e a Profª McGonagall entrou no dormitório com seu roupão escocês, Neville a acompanhando alarmado.

— O que houve, Potter? — perguntou ela.

— É o pai do Ron, e mãe do Draco. — disse ele. — Foram atacados por uma cobra e é grave, eu vi acontecer. Primeiro eu estava sonhando uma coisa completamente diferente, uma coisa boba... então o sonho foi interrompido. Foi real, eu não imaginei nada. O Sr. Weasley e ela estavam adormecidos no chão e foram atacados por uma cobra gigantesca, tinha muito sangue, ele estava desmaiado, alguém tem de descobrir onde é que eles estão... Eu não estou mentindo e não estou enlouquecendo. Estou dizendo que vi acontecer!

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora