Situação estranha

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Depois de horas de viagem o Magnata chegou ao local onde o esperavam e tentavam explicar a situação pra ele, mas sem conseguirem chamaram o encarregado para explicar tudo ao Magnata.

Eladio: O que está havendo?

Xx: Venha comigo e entenderá tudo.

Eladio: Mas o que me disseram por telefone me deixou confuso e...

Xx: Somente me acompanhe.

Enquanto isso, Alba Lucero estava em casa ainda sem entender o que aconteceu com seu marido para que ele saísse correndo daquele jeito, Hanna perguntou pelo pai e sem saber o que fazer ela disse pra filha que o pai dela havia saído a trabalho, então a pequena adormeceu perto da mãe no sofá.

Charlote: O que houve, prima? (Senta ao lado dela).

Alba Lu: O meu marido saiu correndo como um louco após uma ligação e não sei onde ele está, estou preocupada.

Charlote: Calma, com certeza é algum problema de trabalho.

Alba Lu: Não, ele nunca agiu assim por trabalho, deve ser algo muito sério.

Charlote: Calma, logo ele aparece e te explicará o que aconteceu.

Alba Lu: Tem razão, mas eu o amo muito e é inevitável não me preocupar. (Olhos marejados).

Charlote: Eu vejo como aquele homem te ama e ele seria incapaz... (Para de falar e acaricia a barriga).

Alba Lu: O que foi?

Charlote: Minha filhinha se mexeu pela primeira vez. (Sorri emocionada).

Alba Lu: Mesmo? Deixa eu ver.

Charlote: Sinta, Albinha. (Coloca a mão da prima em sua barriga).

Alba Lu: Que lindo e deve ser muito emocionante senti-la. (Sorri encantada).

Charlote: É um momento mágico, sentir ela se mexendo dentro de mim e me emociona demais.

Alba Lu: Ela vai ser grande pelo tamanho da sua barriga e digo isso porque você está de quatro meses.

Charlote: Você quer sentir essa sensação, não é? Vejo em seus olhos o desejo da maternidade.

Alba Lu: Sim eu quero ser mãe de um bebê fruto do meu amor e do Eladio, mas somente quando ele se sentir pronto para ter um filho comigo.

Charlote: Prima, você faz muito bem e também ainda é muito jovem para ser mãe, só tem vinte oito anos, mas é muito sábia e madura.

Alba Lu: Posso ser muito nova, mas se o meu marido quisesse ter um filho comigo e fosse da vontade de Deus eu atenderia a vontade dele.

Charlote: Quem dera o Eric tivesse me amado com pelo menos metade do amor que o seu marido te ama. (Cabisbaixa). Nem sei como direi pra minha filhinha um dia que o pai dela foi um canalha comigo.

Alba Lu: Não fique assim, não dê o gosto da vitória aquele canalha. (Abraça a prima). Tive uma super ideia, o que você acha de ir comigo em um culto?

Charlote: Não sei, olha o tamanho da minha barriga, todos ficarão me olhando.

Alba Lu: Ninguém ficará te olhando e não se envergonhe de estar esperando uma princesinha, pois o único que deve se envergonhar é o inominável que te expulsou de casa grávida.

Charlote: Tem razão, eu vou para igreja com você.

Alba Lu: É assim que se fala.

Hanna: Ouvi direito? A prima Char vai ir na igreja com a gente carregando minha priminha na barriga? (Animada).

Charlote: Isso mesmo, princesinha.

Hanna: Ela vai ser uma grande cristã.

Alba Lu: Está profetizando, filhinha?

Hanna: Sim e a senhora vai me dar um irmãozinho menino, mamãe.

Alba Lu: Ah é? E como você sabe disso, mocinha? (Pega a filha no colo).

Hanna: É Deus, mamãe. (Abraça o pescoço dela).

Em outro lugar o homem que acompanhava Eladio o levou até uma porta de um lugar bem conhecido por ele e assim que se deu conta do que acontecia sua ficha não caia e o Magnata entrou em choque.

Eladio: Não posso acreditar.

Xx: Muitos pararam no hospital ao vê-la, patrão.

Eladio: Imagino até mesmo eu estou quase tendo um treco.

Xx: Vamos escutar, estavam apenas esperando a sua chegada para avaliá-la. (Fica em silêncio com o patrão olhando apenas por uma fresta da porta).

Médico: A senhora sabe o seu nome?

Alma Rosa: Claro que sim, sou Alma Rosa Gómez Luna, que pergunta é essa? Cadê o meu marido? (Confusa).

Médico: Ok, então a senhora tem algumas lembranças, isso é ótimo.

Alma Rosa: Eu não estou entendendo nada.

Médico: Lembra o que aconteceu aqui nesse lugar?

Alma Rosa: Sim, aqui nasceu a minha filhinha antes do nono mês e meu marido foi quem a trouxe ao mundo.

Médico: Só isso?

Alma Rosa: Sim, mas cadê o meu marido e a minha bebê? (Se é alguma brincadeira não tem graça).

Médico: Uma última pergunta, em que ano estamos?

Alma Rosa: Óbvio que estamos em dois mil e quinze.

Médico: Sua filha nasceu há seis anos e a senhora foi dada como morta todos esses anos, quando a encontraram andando por aí e a trouxeram pra cá alguns desmaiaram acreditando ter visto um fantasma.

Alma Rosa: Não, isso é mentira.

Médico: Infelizmente não é e eu jamais brincaria com isso, senhora.

Alma Rosa: NÃO, ISSO É UMA BRINCADEIRA DE MAL GOSTO, CADÊ O MEU MARIDO E A MINHA BEBÊ? (Se altera assustada com a situação).

Médico: Se acalme ou terei de sedá-la.

Alma Rosa: COMO VOU ME ACALMAR SE VOCÊ É UM MALUCO QUE ME DIZ QUE FUI DADA COMO MORTA POR SEIS ANOS. (Tenta fugir, mas o médico aplica um sedativo nela). Nando, socorro.

Médico: Sinto muito, senhora. (A coloca na cama).

Eladio: Eu não posso acreditar nisso. (Entra no quarto e se senta ao lado de Alma Rosa ainda em choque). Ela estava viva esse tempo todo.



28/7/21

Ju Ribeiro

MAGNATAOnde histórias criam vida. Descubra agora