Mudando por amor

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Charlote foi até o quarto de Josh já tarde da noite, ela sentia por aquele menino um amor enorme, pois como era mãe, ver um menino ainda tão jovem e sem pais lhe partia o coração, logo Dylan apareceu e abraçou a amada por trás.

Dylan: Você gostou do Josh, não é?

Charlote: Ele é um menino tão doce e aos oito anos já não tem os pais, isso é muito triste.

Dylan: Eu conheço esse olhar. (Olha a amada nos olhos). Você quer adotar o Josh?

Charlote: Se nós dois estivermos de acordo sim, o Huguinho iria amar ter um irmão da sua idade pra brincar, a Amanda ainda é tão pequena e não entende as coisas ainda, mas com certeza vai amar crescer com dois irmãos incríveis.

Dylan: Então está decidido, o Josh será nosso filho e se ele estiver de acordo mudaremos o nome dele para George.

Charlote: Quer dar a ele o nome do meu pai?

Dylan: Sim, eu quero, afinal ele foi um grande médico e meu mentor durante muito tempo antes de falecer.

Charlote: Obrigada por essa linda homenagem. (Beija o amado e entra com ele no quarto).

Josh: Dona Charlote, aconteceu alguma coisa? (Acorda e esfrega os olhos).

Charlote: Nada, fique tranquilo. (Acaricia o rosto dele).

Dylan: Nada não, temos novidades?

Josh: Querem que eu volte pro orfanato?

Dylan: Claro que não, você está se recuperando de um atropelamento.

Charlote: O que acontece é que queremos saber se você gostaria de fazer parte da nossa família?

Josh: De verdade?

Charlote: Verdade, você terá uma mãe que vai te amar muito.

Dylan: E também um pai e um irmão que vão brincar com você. (Sorri).

Josh: Eu quero muito ser da família de vocês.

Charlote: Você se incomodaria se trocássemos o seu nome para George?

Dylan: O nome é em homenagem ao seu avô materno que foi um grande médico.

Josh: Então será uma honra pra mim, pois quero ser médico.

Dylan: Nesse caso, eu vou entrar com o pedido de adoção para que você seja oficialmente um Cavalieri.

Charlote: Mas desde já você é um filho muito amado.

Josh: Obrigado. (Os abraça).

Na residência Gómez Luna, Eladio contou pra filha que seu melhor amigo havia sido atropelado, mas que já estava bem e ao saber que seu pai havia ajudado Josh, Hanna ficou muito contente.

Alba Lu: Vejo que reconquistou a Hanna.

Eladio: Ao que parece sim e estou muito feliz. (Abraça a amada e a beija).

Alba Lu: Você está diferente, o que houve?

Eladio: Além da nossa terapia de casal, estou fazendo terapia individual e o Marcelo me fez ver algumas coisas.

Alba Lu: Mesmo?

Eladio: Mesmo e uma dessas coisas eu resolverei agora.

Alba Lu: E qual é?

Eladio: Vou visitar o Ernesto na cadeia.

Alba Lu: Tem certeza disso?

Eladio: Preciso enfrentar meus medos.

Alba Lu: Amo que você esteja mudando por amor.

Eladio: Mudando por amor a minha família.

Após se despedir da amada com um beijo apaixonado, o Magnata foi enfrentar seu medo de ficar cara a cara com Ernesto, o homem que por anos ele pensou ser seu pai.

Ernesto: Vejam só o que a maré me trouxe. (Ri irônico). Veio se certificar de que eu ainda estou vivo e pagando minha pena nesse inferno?

Eladio: Sabe, eu tinha um medo, pensava que ao ficarmos cara a cara você iria destruir o meu psicológico e me humilhar, mas não te darei poder pra isso e por isso vim te enfrentar de uma vez por todas.

Ernesto: Nada na vida me importa depois que o meu filho adorado foi morto.

Eladio: O meu irmão deixou uma filha linda, uma pena que quando estava vivo não tenha valorizado a menina e a mulher que o permitiu ser pai, tenho cuidado delas e dado uma pensão.

Ernesto: Eu não sabia da existência dessa menina, o Eduardo nunca me disse nada.

Eladio: Lhe trouxe uma foto dela. (Entrega a mesma).

Ernesto: Ela é linda, parece com a avó.

Eladio: É um fato, ela lembra a minha mãe.

Ernesto: Uma pena que eu não tenha tido o prazer de ter um neto também.

Eladio: Tem razão, pois o meu filho não leva o seu sangue podre.

Ernesto: Você tem razão em não querer que esse menino tenha um avô como eu.

Eladio: Ele tem o avô, o verdadeiro e agradeço a Deus pelo exemplo que o meu filho terá crescendo perto do meu pai.

Ernesto: Peço perdão por nunca ter sido um pai pra você, quando eu soube que a sua mãe esperava um bebê que não levaria meu sangue fui tomado pela fúria, quase te deixei morrer e isso que sua mãe me disse que havia feito inseminação artificial só pra aumentar a nossa família e me proporcionar a alegria de ser pai novamente, hoje reconheço que fui um ogro com ela.

Eladio: Nós o perdoamos, pois apesar de tudo somos cristãos e perdoamos, mas isso não significa que te queremos por perto quando sair da cadeia.

Ernesto: Já era de se esperar essa reação, mas como aprendi com os meus erros, te peço que não cometa o mesmo erro de ser um ogro com a sua esposa.

Eladio: Eu cometi, mas me arrependi verdadeiramente e hoje estou mudando por amor, minha mulher e meus filhos são um tesouro em minha vida.

Ernesto: E eu por outro lado, vou apodrecer aqui sozinho.

Eladio: Pedi pra que te deixem sair por uma semana para que você conheça a sua neta.

Ernesto: Obrigado, não sabe como te agradeço, essa menina é um pedaço do meu Eduardo e tendo ela nos braços poderei sentir um pouco do meu filho.

Eladio: De nada. (Se retira).

3/9/21

Ju Ribeiro

MAGNATAOnde histórias criam vida. Descubra agora