Capítulo 37

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Passaram três dias desde que o Nath foi para fora da cidade. Ele foi embora na Quarta de noite, já estamos no Domingo de tarde. Enviei imensas mensagens, liguei, mas não obtive nenhuma resposta. Ao início, fiquei demasiado preocupada, mas agora acho que ele está fazendo isso para me chatear. Hoje de manhã cruzei com a Ambre, ela disse que tem falado todos os dias com ele. Eu tive que perguntar, discretamente, claro.

Passei o dia todo ansiosa para reencontrar o Armin, mas ao mesmo tempo angustiada com toda essa situação. Enfim, vai ser bom ter essa noite para relaxar e poder tirar a minha mente daquele loiro problemático.

A Yelleen avisou que iria passar o Domingo fora e só voltaria na segunda-feira na hora da aula. Sinceramente, acho que vou precisar de estar sozinha no dormitório quando voltar da noite.
Ainda tenho uma hora livre antes de ter que me arranjar, então aproveito para dar uma caminhada com os meus fones.
Pelo caminho passo numa farmácia. Os meus pensamentos fogem para as minhas noites com o Nathaniel... Eu, realmente, deveria começar a tomar a pílula. Não sei porque continuo a pensar nisto, ele não me diz nada há dias, está me evitando. Mas, é mais forte do que eu.
Por isso, acabo entrando na farmácia.
Está vazia, então me poupa a vergonha de entrar para comprar isso.

A moça da loja explicou que devo tomar durante vinte e um dias, deixando uma pausa de sete, para que a menstruação desça nesse período. Um pouco diferente, mas espero me acostumar. Já coloquei um alarme no meu celular para não me esquecer de tomar. Estou ansiosa com a ideia de poder começar a fazer sempre sem preservativo com o Nath. É bom demais, foda-se...
Não consigo parar de reviver na minha cabeça o que fizemos no banheiro do café.
Foi intenso demais, quente, viciante. Observá-lo pelo espelho enquanto ele entrava e saía de mim, incrível. A maneira como a sua boca fica ligeiramente aberta, produzindo sons maravilhosos.

A minha mente continua a divagar pelos pecados deliciosos que cometemos, até chegar ao meu dormitório. É melhor começar a me arranjar.

"Abra a porta à sua fada madrinha!" A voz da Rosa me faz pular de susto. Mas, logo solto uma risada. Claro que ela viria me ajudar a arrumar.
Abro a porta e ela entra como um tornado, segurando uma saca preta na mão.

"Tenho uma prenda de parabéns!" Ela está histérica e demasiado animada. Além disso, já está toda arranhada. Com um vestido vermelho até aos joelhos, um casaco branco e uns saltos altos.

"De parabéns? Mas eu só faço anos no próximo mês!" Digo, confusa.

"Não é pelo seu aniversário, parvinha. Eu vi a sua foto com o Castiel! Aliás, acho que todo o mundo já viu essa foto. Fiquei um pouco chateada por não me ter contado, mas conhecendo você como eu conheço, aposto que queria esperar para me contar pessoalmente." Oh, não. Isto é um pesadelo, só pode ser.

"Rosa..." Tento começar, mas ela interrompe.

"Eu sabia que vocês iam voltar, vocês foram feitos um para o outro! Era impossível o Castiel fazer algo para te magoar." A animação dela é algo surreal. Socorro.

"Rosa." Volto a tentar, mas sou novamente interrompida.

"Me conta, como tudo isso aconteceu? Ele se declarou?" Ela senta-se na minha cama, esperando que eu comece a contar. Mas eu só consigo suspirar. Isso vai ser um problema.

"Eu não voltei com o Castiel, nem vou voltar, na verdade." Estalo. A sua expressão muda de sorridente, para estática. Demora uns minutos para falar.

"Como assim? Porquê? Mas a foto..." Interrompo.

"A foto foi de um dia onde ele veio me pedir desculpa por ter me tratado mal. Apenas isso." Explico, mas ela continua estática. Sento-me do lado dela.

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