Capítulo 25

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Amor.
O que é o amor, afinal?
Um sentimento que pode mudar todos os nossos valores, todas as nossas crenças, tudo aquilo pelo que lutámos.
Talvez, o amor seja apenas algo que as pessoas se agarram, para não morrerem sozinhos e vazios.
Mas, para mim, o amor é o significado de uma vida preenchida. Um sentimento que me consome, que me afoga, mas que também me faz sentir viva.
Algo tão intenso, que é capaz de nos matar. No entanto, mesmo assim, escolhemos viver em função dele.
Porque, quando encontrado, na sua forma mais pura, é o que este mundo tem de mais precioso.

"Você é incrível..." A voz rouca do Nathaniel sussurra no meu ouvido. Estamos deitados lado a lado. Eu estou com a cabeça apoiada no seu peito e as suas mãos fazem carinhos leves no meu cabelo. Podia ficar assim para sempre.
O que acabamos de fazer, foi demasiado especial.
Senti-me completamente ligada a ele, como se fôssemos um só. Dois corações que batem em conjunto como um.

"Não quero sair daqui." Digo. É verdade. Eu quero ficar aqui, para sempre.

"Não quero que saia." Se alguém me dissesse que estaria nesta situação com ele, nunca acreditaria.

"Desde quando trabalha naquele café?" Ele pergunta. Que pergunta estranha... Estamos num momento tão bom e ele pergunta isso?

"Desde que cheguei. Porquê?" Levanto-me do seu peito.

"Você vai para lá todos os dias?" Não consigo detetar nenhuma emoção na expressão ou na voz dele.

"Não todos os dias. Apenas quando o Hyun me chama." Explico.

"Hyun?" Ele franze as sobrancelhas.

"É o meu colega de trabalho. E meu amigo também, podemos dizer." Os olhos dele fitam os meus. Engulo em seco. Não sei o que ele está pensando, mas ele se aproxima de mim, depositando um beijo demorado nos meus lábios.

"Talvez tenha que começar a ir te buscar ao trabalho." Ele sussurra na minha boca. Não sei como devo interpretar isso. Só sei que soa tão sensual da boca dele.

"Talvez. Eu sei que ia gostar disso." Os olhos dourados dele prometem cumplicidade aos meus verdes. Sorrimos um para o outro.

Ele levanta-se da cama, vestindo uma t-shirt preta. Os músculos das suas costas são incrivelmente trabalhados. Nota-se que treina imenso.

"Venha." Ele estende a mão para mim, para me ajudar a levantar. O cabelo despenteado dele, apenas lhe dá um ar mais sensual, mais despreocupado. É impossível ser mais perfeito.

"Onde?" Franzo as sobrancelhas. Agarro a mão dele, enquanto ele me puxa para fora da cama.

"Estou morrendo de fome. Você não?" Assim que fico frente a frente com ele, a mão dele viaja para o meu rosto, fazendo leves carinhos. A sua boca deposita beijos leves sobre o meu pescoço. Quero guardar este homem num sítio onde só eu o pessoa encontrar.

"Agora que fala nisso..." Sorrio.

"Depois do que acabamos de fazer, é bem normal. Precisa recuperar forças." Ele sorri de lado para mim. Lembranças dele dentro de mim ocorrem na minha mente.

"Espero que goste de leite com cereais." Ambos soltamos uma risada. Não quero saber de mais nada. Apenas, quero aproveitar este momento com ele. Ele faz-me sentir tão viva.

"Na verdade, bebi demasiada vodka antes de vir. Não é muito boa ideia beber leite agora." Solto uma leve risada enquanto caminhamos em direção da cozinha.

"Eu sei que bebeu." Ele diz.

"Como sabe?" Franzo as sobrancelhas.

"Apareceu em minha casa cheirando a álcool e perguntando porque estou no meu curso. Quem quer enganar?" Ele solta um sorriso de lado.
Sento-me na mesa da cozinha enquanto o vejo preparar as coisas.
A Branca sai da sua pequena caminha, para subir no meu colo. Sorrio para ela. Logo, me rendo e começo a fazer carinhos nela.

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