Capítulo 7

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O som de pássaros cantando me desperta do sono

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O som de pássaros cantando me desperta do sono. Sem abrir os olhos, alcanço o celular e desligo o despertador do celular.

***

Minha cabeça se ergue bruscamente do travesseiro. Meu corpo agora totalmente desperto sente algo estranho, um tipo de premonição muito ruim. Pego o celular em cima da mesinha para ver as horas.

— Merda! Por que isso tem sempre que acontecer comigo?

Afasto as cobertas e pulo da cama para me vestir rapidamente. Vou ao banheiro fazer xixi, mas quando sento no vaso quase caio dentro dele.

— Ui!

Olho direito e a tampa está levantada. Fico de pé imediatamente.

— Que nojo! Eu sentei no vaso cheio de xixi!

Solto um gruído, mas como não tenho tempo de me lavar, apenas me limpo com papel higiênico.

— Homens! — Reclamo ao dar a descarga.

Depois de fazer um café às pressas e enfiá-lo goela abaixo e queimando a minha língua no processo, entro no meu Fusca velho e dou a partida, que para minha sorte não funciona de primeira, e sim de terceira. Saio do prédio e desta vez não atravesso sinais vermelhos nem atropelo nenhum motoqueiro. Desde o acidente tenho trafegado pelas ruas com mais cuidado. Deus me livre de voltar para aquela cadeia fedorenta e pagar mais multas. Nem paguei a Cris a última fiança.

Paro o carro em frente a loja Boutique Biju quinze minutos depois do horário – o que considero um recorde.

A Boutique Biju existe antes mesmo do meu nascimento, e vende variadas peças de roupas de marca, desde lingeries a roupas de frio, destinados ao mais variável público. Trabalho na loja de nove da manhã até as seis da noite, com um hora de almoço. Como o horário de almoço é curto não dá tempo de ir em casa, então trago minha marmita e almoço por aqui mesmo. Ao final do expediente é a mesma coisa, não dá tempo de ir em casa tomar banho, pois tenho que ir direto para a faculdade.

Tenho 24 anos, portanto já deveria ter acabado o curso. Mas, infelizmente, por causa de uma leve depressão que tive após a morte dos meus pais e todos aqueles problemas com Ian, meu tão sonhado diploma de Licenciatura em Letras acabou sendo adiado.

Mas não me importo. Faltam poucos meses para eu me formar e se Deus quiser vou ser professora. Gosto do meu curso e sinto que essa é a profissão certa para a mim.

Mas, por enquanto, tenho que me contentar em ser apenas uma simples vendedora de boutique. Passo às pressas pela porta gigante da entrada e dou um "oi" rápido para as meninas, que também são vendedoras e minhas grandes amigas. Vou direto para o depósito e largo minha bolsa no meu armário. Em seguida paro na porta da sala da minha chefe, Helena Greco.

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora