Capítulo 14

4.4K 1K 56
                                    


Minha vontade é de ir direto para o chuveiro quando chego em casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Minha vontade é de ir direto para o chuveiro quando chego em casa. No entanto a princesinha está ocupando o banheiro, por isso pego meu celular e deito na minha cama e espero ela sair para que eu possa ir tomar meu banho. Abro o Facebook e não encontro nada de interessante ao deslizar o dedo na tela, até que uma postagem chama a minha a atenção.

É uma foto que a loirinha atualizou hoje. É uma foto mais de rosto, onde ela sorri com uma maquiagem forte que a deixa incrivelmente espetacular. Um pouco do busto também aparece, com aquela linha sexy entre os seios, e reconheço na hora o vestido vermelho e ao fundo o salão de festas onde foi a festa da amiga.

Cara... como ela é linda.

Escrevo um comentário na foto e nesse instante o barulhinho do Messenger apita. Abro a mensagem que diz "Oi", mas não respondo. Até no Facebook essa praga não me dá sossego. Claro, ela viu que eu estava online e quis puxar papo.

Mas, por mais que ela ainda me deixe abalado, preciso esquecê-la. Ela cavou um buraco muito fundo no meu coração e não pretendo perdoá-la. Após descobrir a traição fiquei quase um mês me afundando na bebida e na depressão, foram meus pais e meus amigos que me ajudaram a tomar um rumo positivo em minha vida.

Preciso esquecê-la.

Depois que a loirinha finalmente sai do banheiro tomo um banho demorado e visto uma regata cavada e um short limpo. Também borrifo um perfume no pescoço, pois adoro usar perfume depois do banho.

Vou na cozinha preparar uns ovos e tomar uma vitamina com Whey Protein, porque, claro, depois de malhar tanto eu precisava repor o que eu havia perdido e reparar as minhas fibras musculares.

Também preparo um sanduíche com peito de peru, alface e maionese e me sento à mesa, de frente para a loirinha que come um sanduíche de presunto e queijo com uma mão e com a outra digita alguma coisa no notebook.

Como meu pão enquanto a observo.

Ela está muito concentrada no que faz, mas vez ou outra ergue o olhar para me encarar e rapidamente volta a olhar para a tela do notebook. Quando seus óculos quadrados e pretos abaixam ela os ergue com o dedo indicador. Ela sempre os usa quando mexe no notebook ou quando está lendo um livro. Seu cabelo está preso em um rabo de cavalo e a regata mostra aquela linha deliciosa que separa os dois seios redondos e pequenos, com uma correntinha de ouro caindo entre eles. É um deleite de contraste entre a sensualidade e a inteligência, tipo uma professora sexy.

E aquela cicatriz acima de seu lábio  superior lhe confere uma beleza particular que me faz imaginar como e onde terá conseguido.

Mas uma coisa começa a me incomodar: o silêncio. Um silêncio insuportável que é preenchido pelo digitar incessante dos dedos finos dela nas teclas do notebook e o tic-tac do relógio na parede.

Eu não queria falar com ela e nem ela queria falar comigo, mas aí ela decide tomar a iniciativa e quebrar o gelo, parando de digitar no notebook e fechando-o.

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora