— Desculpa, meu amor — tento me explicar quando entramos no carro dela. — Eu precisava fazer aquilo. Juro que fiz de tudo para não socar a cara dele, mas se eu não fizesse, não conseguiria dormir à noite.
— Tudo bem.
— Você não está chateada comigo, né?
— Não, claro que não. Na verdade o Ian mereceu muito aquele soco. Eu só me assustei um pouco pois não esperava que você fosse bater nele.
— Me desculpa, linda — digo pousando minha mão na dela. — Desculpa se assustei você.
— Tá tudo bem — ela aperta minha mão. — Eu só tenho medo que ele faça alguma coisa com você depois e queira se vingar, tipo denunciá-lo por agressão.
— Fique tranquila, ele não vai fazer isso. É um covarde. Ele tremeu de medo quando o ameacei.
— Você não estava falando sério quando mencionou em matá-lo, né?
A encaro, sério.
— Aquele miserável já te machucou muito e não vou permitir que ele encoste mais um dedo em você. Antes disso eu sou capaz de qualquer coisa só para poder te proteger.
Ela se aproxima e me dá um beijo molhado nos lábios.
— Eu amo você.
— Também te amo. Muito. Nos conhecemos há poucos meses, mas o que sinto por você é algo verdadeiro e puro. É algo muito mais profundo que jamais senti por Raíssa em cinco anos de namoro. Não vou permitir que ninguém a machuque de novo.
— Obrigada — ela diz e me dá outro beijo, em seguida sorri. — Nem acredito que tô namorando com o cara que me mandou para a cadeia.
Nós dois rimos.
— Eu prometo fazer de tudo para ser o melhor namorado. Quero que saiba que em mim você sempre vai poder confiar — digo colando minha testa à dela.
— Eu sei — sussurra. — Vamos voltar pra nossa casa.
— Adoro isso. Nossa casa.
— Mas é a nossa casa.
— Não vejo a hora de chegar na nossa casa — aperto sua coxa, e ela geme.
— Também mal posso esperar — diz com um sorriso sapeca nos lábios.
Ela gira a chave de ignição do carro, mas ele desliga logo em seguida.
Ah, que ótimo.
***
Uma semana depois...
Pego um punhado de roupa dentro da caixa e enfio de qualquer jeito no espaço que consegui arrumar. Me pergunto como ela pode ter tantas roupas, se nem consegue usar todas. Seu look habitual é o uniforme do trabalho, e ela quase não sai nos finais de semana. Não há necessidade de ter tanta roupa. Tive que amontoar as minhas de qualquer jeito para caber.
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Apartamento 201 (Série Apartamento - Livro 1)
RomanceAna Júlia mora com sua melhor amiga, porém seus dias de sossego estão contados com a chegada de um novo hóspede: o irmão da sua melhor amiga. Como se não bastasse, ela acaba descobrindo que esse mesmo cara é nada mais nada menos que o homem que ela...