Capítulo 11

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Abro os olhos com dificuldade, eles doem e eu mal consigo mantê-los abertos pela claridade forte que entra no quarto

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Abro os olhos com dificuldade, eles doem e eu mal consigo mantê-los abertos pela claridade forte que entra no quarto. Levanto a cabeça devagar e no mesmo instante sinto uma fisgada forte por todos os lados. Céus, parecia que a minha cabeça ia explodir a qualquer momento. Aliás, meu corpo todo doía, como se um trator tivesse passado em cima de mim.

Então volto a afundar a cabeça no travesseiro e fechar os olhos, e espero a coragem e as forças chegarem para que possam levantar meu corpo sobre esse colchão duro e estranho.

De repente ouço um ruído, tipo uma fungada. Algo se mexe do meu lado e abro os olhos no mesmo instante. Que barulho foi esse?

Me viro aos poucos para o outro lado, quando vejo o que fez o ruído, quase tenho um treco. Meu corpo se levanta num átimo, sentando-se na cama, mas com o movimento brusco outra fisgada atingi a minha cabeça.

— Ai! Merda! — Levo a mão sobre a cabeça, enquanto observo confusa Vinícius ao meu lado naquela cama.

Ele dorme tranquilo, com o lençol cobrindo a metade do corpo, o peitoral exposto - lindo peitoral aliás.

Musculoso, peludo, viril, sexy.

Não são muitos os pelos, tipo um Tony Lobisomem Ramos da vida, mas há uma quantidade suficiente para escurecer seu peitoral e marcar a sua virilidade.

É então que me dou conta de que estamos os dois completamente nus.

Olho por debaixo do lençol e confirmo.

Completamente nus.

Ah, meu Deus.

Ah, meu Deus.

Ah, meu Deus.

Espera. Só segundo. Meu cérebro ainda está meio lento. Tento recapitular os acontecimentos da noite passada e aos poucos as imagens vão ganhando forma na minha mente.

Eu e as meninas vamos ao aniversário da Mari. Vanessa vai embora da festa. Cris, Lucas e Mari vão dançar na pista de dança. Fico sozinha com Vinícius na mesa. Cerveja. Cerveja. Mais cervejas. Cabeça leve como pena.

Forço meu cérebro um pouco mais, está difícil de lembrar. Ah, certo. Acho que...

Acho que nos beijamos. Sim, nós nos beijamos. Ele propõe para irmos a um motel. E eu aceito. O quê? Eu aceitei ir para um motel com Vinícius?

Sim.

E depois...

Ah-meu-Deus.

Não... Não pode ser... A gente não pode ter...

Ele se mexe e abre os olhos, mostrando um leve sorriso ao me ver.

— Oi.

— Oi — murmuro, sentindo minhas orelhas sapecarem de tão quentes.

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora