Capítulo 35

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— Será que vamos chegar vivos? Será que essa lata velha não vai desmontar no meio do caminho? — Vinícius pergunta ao meu lado enquanto estou ao volante

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— Será que vamos chegar vivos? Será que essa lata velha não vai desmontar no meio do caminho? — Vinícius pergunta ao meu lado enquanto estou ao volante.

Tivemos que vir no meu carro, já que o carro da Cris e do namorado estão na oficina. Ninguém gostou da ideia de vir no meu carro. Ele balança e faz um barulho enorme pelo trânsito e parece um trator antigo, mas o importante é que funciona.

— Se você debochar do meu carro mais uma vez, juro que te jogo pra fora e te deixo no meio do nada.

— Tá bom, calei — ele passa os dedos nos lábios como se tivesse fechado um zíper.

Dirijo com cuidado pela rodovia e feliz. Não sei por que aceitei sair com Vinícius, Cris e Lucas. Eu nem poderia, já que tinha várias coisas para fazer em casa.

Mas acho que estou mesmo precisando sair para relaxar um pouco, e os três são uma ótima companhia.

Principalmente Vinícius.

Tive que me segurar muito para não beijá-lo, porque, sério, quando o vi todo lindo e cheiroso, de camisa social e todo elegante eu quis pular em cima dele e arrancar sua roupa. Ele usa uma camisa social azul que gruda em seu corpo musculoso, calça jeans apertada, e um sapato social preto super brilhoso. O cabelo está amarrado naquele mesmo coque estiloso e a barba bem feita e aparada.

Foi quase impossível me controlar.

Aliás, controle é o que não tenho tido toda vez que fico perto desse homem.

— Sem zoação agora — ele diz. — Quanto você gastou nesse carro?

— Cinco mil.

Ele fica boquiaberto.

— Não acredito que gastou cinco mil nessa carroça.

— E olha que achei esse carro numa garagem velha.

— Eu disse pra Juju que ela poderia ter comprado uma Biz usada com esse dinheiro e com certeza gastaria muito menos com gasolina. Isso aqui bebe igual pinguço — minha amiga fala grudada ao corpo do noivo no banco de trás.

— Primeiro, detesto motos. Segundo, não tenho carteira de moto. Terceiro, eu precisava urgente de um carro. O Ian sempre me levava e buscava na faculdade, mas aí terminamos e precisei comprar um carro, pois seria muito perigoso voltar pra casa de ônibus. Tive que gastar todas as economias que eu tinha para comprar esse carro.

— Mas agora pode andar de moto. Já andou alguma vezes comigo e viu que não é tão ruim assim.

— É... não é tão ruim assim — me lembro daquele dia gostoso em demos uma volta pela terra do presidente após sair da delegacia. — De todo jeito ainda não sou fã de motos.

— Ah, mas você precisa perder esse medo, pois qualquer dia desses vamos sair juntos por aí e explorar esse nosso Brasil apenas de moto.

— Ha, ha, ha, vai sonhando.

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora