Capítulo 33

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— Vinícius, Vinícius, acorda! Vinícius! — O chamo mais alto, sacudindo seu corpo

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— Vinícius, Vinícius, acorda! Vinícius! — O chamo mais alto, sacudindo seu corpo. Enfim ele abre os olhos.

— Ana? — Ele me olha meio atordoado. Seus olhos têm uma aparência muito funda e avermelhada.

— Você está queimando de febre. Não está nada bem — afasto as cobertas dele, puxando-as, e ele solta um gemido de dor.

— Acho que não — fala pegando a coberta de volta e se cobrindo todinho. O repreendo, puxando a coberta de novo.

— Você não pode se cobrir! Seu corpo tá parecendo brasa de churrasco!

— Mas eu tô com frio! — Resmunga, se cobrindo de novo.

— Pois é disso que precisa agora, frio, para baixar essa febre. Você tá muito mal. Droga! — Ando de um lado para o outro. — A Cris nem tá em casa para ajudar a gente. Por que justo hoje ela teve que dormir na casa do Lucas?

— Quem?

— Ah, pronto. Além de febril você está com perda de memória. Já disse pra não ficar debaixo das cobertas, criatura! — Puxo o cobertor e ele resmunga alguma coisa. — Espera aí que vou no meu quarto pegar o termômetro.

Vou ao meu quarto e volto com o termômetro. Bufo ao encontrar Vinícius debaixo das cobertas. Sacudo o termômetro no ar e, sentada na beirada da cama, peço que ele levante o braço. Ele solta um gemido baixo assim que insiro o medidor gelado na sua axila.

Espero alguns minutos o aparelho medir a temperatura e franzo a testa ao observar manchas avermelhadas em seu tórax e braços. Assim que o termômetro apita retiro do braço dele e quase caio de costas ao ver a temperatura marcada no visor de LED.

— Meus Deus! Está com quarenta! Isso que tem não é gripe, é dengue. Anda, levanta daí, vou te levar no hospital.

Ele não ergue um músculo.

— Anda, levanta — tento erguê-lo da cama, mas é claro que não consigo, ele é pesado demais.

— Eu não quero ir ao hospital.

— Como assim não quer ir ao hospital?— Olho horrorizada para ele. 

— Amanhã eu vou. Agora eu só quero dormir — ele diz e se cobre com o cobertor.

Inspiro fundo, massageando as têmporas.

— Você vai hoje. Agora.

— Me deixa. E é melhor você sair porque não quero que pegue uma gripe.

— Isso não é gripe. Isso é dengue. Você precisa ir ao hospital imediatamente.

— Depois eu vou.

Inspiro fundo.

— Anda, Vinícius, por favor, deixa de ser teimoso. Está parecendo uma criança de cinco anos.

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora