Capítulo 13

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HIV?

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HIV?

A gente transou sem proteção e ela está preocupada com a merda de uma doença? O que ela acha que eu sou? Um cafetão? Porra, dessa vez ela pegou pesado.

Tudo bem ela estar preocupada com uma gravidez indesejada, até eu estou, mas dizer que está com medo de pegar uma doença?

— Caralho! — Xingo, chutando o travesseiro no chão.

Pego as chaves da moto em cima da cômoda. Eu precisava esfriar a cabeça, e não havia lugar melhor para isso do que a academia. Procuro pelo meu tênis da Nike e não o encontro – a propósito, está sumido há cinco dias. Não sei onde foi parar. Acabo calçando outro tênis e vou à luta.

Apesar de ser domingo a academia está lotada, até mais do que no meio da semana, e uma música eletrônica anima ainda mais as pessoas que se dedicam nos equipamentos, já outras ouvem suas próprias músicas nos fones de ouvido.

Faço um aquecimento rápido e levanto o aparelho de supino reto. Certo momento, enquanto faço o levantamento de peso, ela acaba invadindo meus pensamentos de novo, sem pedir permissão.

Merda.

Por mais que ela tenha me magoado, eu não conseguia parar de pensar nela.

Na noite passada.

As marcas das unhas dela ainda estão impregnadas por todo o meu corpo: no peitoral, porque ela me arranhou todinho enquanto eu estava indefeso e amarrado (havia uma corda no quarto, e ela amarrou minhas mãos na cabeceira da cama para que eu recebesse tudo o que ela tinha a me oferecer); nas costas, por estarmos unidos e suas mãos passearem selvagemente pelas minhas costas; na buda, pois enquanto eu a levava ao ápice suas unhas se cravaram com força nela.

"Ah, isso, isso... Meus Deus... Vinícius... Viníciiiiiiuuuss"

Como eu gosto de como ela pronuncia meu nome. Todos sempre me chamaram de Vini e sempre gostei que me chamassem de Vini, mas quando ela diz meu nome próprio e não o apelido, cara, acontece algo sobrenatural. É sedutor, é atraente, quando sai da boca dela.

Acabo me desconcentrando nos exercícios e deixo a barra de ferro no apoio do equipamento. Meu peito sobe e desce rapidamente e o suor sai em excesso por todos os poros da pele enquanto fito o teto branco.

Cara, preciso parar de pensar nessa noite. Preciso parar de pensar nela. Isso nunca aconteceu comigo, de ficar pensando numa mulher após o sexo. Sempre foi apenas uma noite para não haver envolvimento emocional de ambos os lados e às vezes nem me lembro o nome da mulher com quem fiquei.

Mas essa loira não sai da minha cabeça.

Bom, moramos juntos, fica meio difícil não pensar nela. Mesmo assim... Isso não está normal, ficar pensando numa mulher assim. Afinal, foi só uma noite de sexo casual, certo? Tudo bem que eu esteja muito impressionado com sua beleza, ela é linda pra caramba e é ótima na cama, mas, cara, já deu. Finishi. Tivemos uma noite mais que maravilhosa e agora não tenho que ficar pensando nela.

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora