Capítulo 20

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Imediatamente levo a mão dentro da bolsa e tento achar o celular dentro daquele ninho de coisas

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Imediatamente levo a mão dentro da bolsa e tento achar o celular dentro daquele ninho de coisas. Minha mão está tremendo tanto e estou tão nervosa que não consigo achá-lo de jeito nenhum.

— O que está fazendo? — Ian pergunta franzindo uma sobrancelha.

— Vou chamar a polícia.

— Não, por favor — ele leva a mão ao meu braço e o paralisa, impedindo de continuar a procurar o celular. — Não chama a polícia, por favor. Eu só quero conversar com você. Não vou te fazer nenhum mal.

— Você sabe muito bem que não pode se aproximar de mim.

— Eu sei — ele coça a cabeça loira. — Mas eu queria tanto te ver. Queria te convidar para comer alguma coisa. Você deve estar morrendo de fome, né? Conheço um restaurante muito bom não muito longe daqui, a gente poderia...

— Ian — o corto. — Eu não vou há lugar algum com você.

— Preciso falar com você.

— Acho que não temos mais nada pra falar.

— Por favor, vem comigo — ele pede gentilmente. Tá aí uma coisa que raramente via nele, gentileza. E quando via, ela sumia rapidamente dando lugar a um homem rude e violento — Prometo que não vou demorar, só quero falar um instante com você. Você deve estar morrendo de fome pois tenho certeza de que não comeu nada desde o almoço.

Ele tem razão. Só almocei a minha marmitinha e depois não tive tempo de comer nada. Comi uma coxinha de frango cara pra dedéu na faculdade e ainda estou morrendo de fome.

Apesar disso, eu não tinha coragem de ir a lugar nenhum com o meu ex.

— Já disse que não vou a lugar algum com você.

Seu olhar percorre meu corpo.

— Você fica linda mesmo usando um uniforme de loja. A cada dia que passa fica mais linda.

— Não tão linda assim porque por sua culpa perdi quase quinze quilos — respondo de volta. — Mas depois que nos separamos consegui recuperar boa parte desses quilos — lanço-lhe um sorriso forçado. — Aprendi que devo me aceitar como sou e não viver em função da opinião dos outros.

— Quero te dar uma coisa.

Ele ergue um estojo pequeno, quadrado e preto que eu ainda não tinha visto. O abre para mim, mostrando um colar de ouro delicado e caro.

— Meu Deus!

— É lindo, não é?

— É lindo, mas eu não vou voltar pra você.

— Eu te amo — ele pega minha mão e eu a puxo de volta.

— Ian, por favor...

— Você não pode terminar tudo assim. Será que esqueceu tudo o que a gente viveu?

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora