Capítulo 40

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— Juju, você precisa se acalmar — Vanessa diz ao meu lado com seu braço ao redor de mim

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— Juju, você precisa se acalmar — Vanessa diz ao meu lado com seu braço ao redor de mim.

Como ela pode me pedir isso sendo que meu namorado levou um tiro no peito e agora se encontra vulnerável numa sala de cirurgia?

— Se ele morrer eu não vou aguentar. Deus não pode levar ele — digo com as lágrimas escorrendo em abundância pelo meu rosto. Nem sei como ainda tenho lágrimas. Me deram alguns calmantes, mas acho que eles não fizeram muito efeito. Meus olhos estão inchados de tanto chorar.

Assim que Vinícius adormeceu nos meus braços achei que tinha morrido e comecei a chorar e a gritar desesperadamente. Não demorou muito para a ambulância chegar e viemos para o hospital. Levaram Vinícius imediatamente para a sala de cirurgia e assim que consegui ter condições de pegar o telefone liguei para Cris, que avisou os pais de Vinícius da tragédia, e depois, não sei como, Lucas, Mari e Vanessa apareceram. Agora estamos todos aqui na sala de espera aguardando uma resposta do médico há... um século. Cada segundo de espera é uma tortura.

O senhor Wagner, Vanessa e Mari são os mais controlados, não choram e apenas olham para o nada tomados pela aflição e angústia que dominam seus rostos. Cris chora baixinho em um canto com a cabeça apoiada no ombro de um Lucas também muito tenso. Já eu e Dona Marta derramamos mais lágrimas que todos, tanto que fomos as únicas a precisar tomar calmantes.

— Meu Deus, não leva ele. Não leva ele. Não leva ele.

— Calma, amiga. Vai ficar tudo bem — do meu lado Mari também tenta me acalmar. E falha miseravelmente, porque choro mais ainda.

— Parentes de Vinícius Costa de Souza?

Sou a primeira a levantar do banco quando ouço o nome dele. Logo os outros também se levantam, e esperamos o médico de jaleco branco nos dar as notícias. Imediatamente sinto algo ruim no peito.

— Você tem notícias do meu filho? — Pergunta o senhor Wagner muito inquieto.

— Por favor, me diga que ele está bem. Diga que vai sobreviver — o médico precisa dizer o que quero ouvir, caso contrário...

— Foi uma cirurgia complicada, mas nós conseguimos extrair a bala. Por sorte ela atingiu mais o lado do ombro esquerdo e não os pulmões, se não teríamos problemas. Mas ele perdeu muito sangue e precisou de uma transfusão.

— Ele vai ficar bem? — Pergunto ansiosa. É só isso que eu queria saber.

— Vai sim — O médico diz, e quase desabo no chão de tanto alívio.

— Ele precisa de muito repouso agora.

— Eu quero ver meu filho, doutor — dona Marta pede angustiada.

— Sinto muito, senhora. Ainda não será possível visitas. Mas assim que liberarmos avisamos a vocês. Qualquer notícia nova que surgir sobre o paciente estaremos avisando — o médico diz e sai da sala.

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora