Capítulo 2

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Não entendi ao certo o que aconteceu, mas sei que alguma coisa cruzou o meu caminho e me vi pisando fundo no freio

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Não entendi ao certo o que aconteceu, mas sei que alguma coisa cruzou o meu caminho e me vi pisando fundo no freio. Meu corpo foi impulsionado bruscamente para a frente, mas graças ao cinto de segurança voltou para trás, fazendo com que eu batesse a cabeça no encosto do banco.

Quando o carro finalmente estagna atravessado na pista, fico olhando para o horizonte com as mãos tremendo que nem vara verde sobre o volante. Percebo que elas também suam e meu coração quase pula para fora do peito.

— Senhorita?.... Senhorita?... Você está bem?

Um senhor de meia idade abre a porta do meu carro e me examina com preocupação. Eu não conseguia me mover. Meu corpo todo paralisara.

— Você se machucou? Moça, está me ouvindo? Vem, eu te ajudo a sair do carro.

Sou agarrada e retirada do carro.

— O q-que aconteceu? — Consigo perguntar de alguma forma.

— A senhorita atravessou o sinal fechado e quase colidiu com uma moto. Por sorte o motoqueiro conseguiu desviar, mas acabou caindo da moto — diz o homem, me lançando um olhar de reprovação.

Há uma moto caída de um lado, perto do meu Fusca, e do outro lado, a alguns metros, uma pessoa com jaqueta de couro, também caída e sendo rodeada por alguns curiosos.

Só então me dou conta da tragédia.

Eu atropelei uma pessoa!

Ela estava caída. E podia estar... Ai, meu Deus!

— Ai, meu Deus! Eu matei uma pessoa! — levo as mãos ao rosto, desesperada.

— Bem, não sei se está morta, mas parece estar ferida.

— Ai, não!

Saio correndo até onde o ferido está, já imaginando algumas tripas e ossos expostos e uma possa de sangue ao seu redor. Passo entre a multidão curiosa e o vejo caído.

Não tem nenhuma poça de sangue, graças a Deus. E então, graças aos céus, ele se mexe, e um jorro de alívio passa pelo meu corpo que quase me faz desabar no asfalto. Pelo menos a pessoa não está morta.

E como a Fênix retornando das cinzas, a pessoa se levanta meio cambaleante com a ajuda de outras duas pessoas e fica de pé. É muito alta e tem os ombros mais largos que já vi. No entanto, no local onde a calça jeans rasgara há uma escoriação muito feia digna de ânsia de vômito, no joelho direito.

— Ah, meu Deus... a sua perna... — levo a mão à boca — Me desculpe. Eu juro que eu não te vi. Não queria ter te atropelado.

A pessoa retira o capacete e...

Caramba!

Um rosto muito bonito e bronzeado no estilo bad boy se revela. É como ver ao vivo e em cores um daqueles comerciais de perfumes masculinos, em que um modelo incrivelmente lindo e sexy se exibe e depois se borrifa com o perfume.

Apartamento  201 (Série Apartamento - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora