Tóquio I

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Oie! Tá escrito em todo lugar, mas não custa reforçar. Essa fic é para que as shippadoras de sheibi se divirtam, nada aqui tem qualquer fundo real além de pequenas referências. Peço que não mostrem isso para as meninas e mantenham aqui no nosso mundinho vôlei sapafã. 

Votem, interajam, comentem, divirtam-se. 

Bem vindas! 

(Sheilla, se você achar isso, eu sou bricalhona assim mesmo)

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GABRIELA

Nem nos meus piores pesadelos eu sentiria tanta saudade assim dela. Tá certo que tudo entre a gente foi bastante intenso, como tudo nela é, mas não moramos nem no mesmo país. O que eu vou fazer quando for a hora de voltar pra Turquia? Acabei de pisar em Tóquio para o que será o grande momento da minha vida e só consigo pensar naquele sorriso aberto dela e olhinhos brilhando ao me deixar no aeroporto. Me sinto ridícula e frustrada.

A verdade é que nenhuma de nós sabe se ou como acontecerá algo. O combinado era deixar rolar, não teríamos como prometer mais do que isso. Nossa diferença de idade é apenas um detalhe se comparada com a loucura que nossas vidas são. Tá certo que em Saquarema e na Itália tudo parecia mais estável e muito mais equilibrado já que compartilhávamos intensamente a rotina, a vida, as amizades, a cama... Mas assim que essas olimpíadas acabarem o que será da gente? Ela tem um marido (ex?) e duas filhas, zero possibilidades de largar tudo e se aventurar comigo. Eu estou no auge da minha carreira, a Turquia talvez seja apenas o início.

Isso sem colocar na balança a realidade de que ela nunca assumiu uma mulher, mesmo tendo casado e adotado cães com a ex. Bom, com o marido ela tratou de correr e casar, ter filhas, assumir, já com a Mari ela nem ao menos confirmou em algum momento para o público. Claro que não era tão simples, mas eu só conseguia sentir insegurança. Eles separaram, mas é recente, ele está magoado, nós obviamente passamos de alguns limites, mas ele a ama e eu não sei até que ponto não sou apenas confortável. Uma menina mais nova que a diverte e distrai dos milhares de problemas familiares e ainda a faz sentir desejada. Gabriela, você é bem burrinha mesmo.

Minha mente então começava a flutuar para a última vez que estivemos juntas e a sós. Carro dela, estacionadas no aeroporto de BH naquele luxuoso carro.

(flashback)

- Lembre de estar focada. – Ela disse assim que parou o carro.

- Você nunca se diverte, senhora bicampeã olímpica? – Respondi em tom sarcástico.

- Quando não tenho uma olimpíada pra ganhar, sim – Ela respondeu me olhando com aquele ar de vitoriosa que ela tanto amava.

- Pode deixar que trago a medalha pra casa e ainda me divirto no caminho – Dei uma piscadinha tentando mexer com a segurança inabalável dela.

- Hm. Darei um jeito de me divertir pelo RJ também, que tal? – Ela falou segurando meu olhar.

- Sem mim? Duvido. – Lhe dei um selinho rápido – Se bem que tem a tal ex, né? – Gargalhei em seguida.

- Gabriela. Não começa!

-Desculpa, vó – Falei ainda rindo. – Sério, aproveita a nova fase. Volto já já com uma medalha pra gente.

- Palhaça – Ela respondeu já engatando mais um beijo – Vou virar tri-campeã nessa volta?

- Será? – Falei saindo do carro e me despedindo rápido. ( fim do flashback)

Já estava atrasada e aquele carro não era exatamente discreto. BH parece um ovo e não queremos – ela não quer – muito estardalhaço ainda por causa do tal ex. Que burra, eu deveria ter atrasado mais um pouquinho. E se eu voltar e ela estiver casada de novo? Não seria a primeira vez mesmo.

- Gabs, vamos dar umavolta na vila olímpica, você vem? – Meus pensamentos são interrompidos pela vozda Brait e levanto às pressas para afastar esses pensamentos da cabeça na mesmavelocidade que me afastei da cama.

Sheibi - FacasOnde histórias criam vida. Descubra agora