Eu fui boazinha e att até antes dos 300 votos para proteger minha integridade física e mental, rs.
Pois tratem de votar e comentar o dobro.
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SHEILLA
- E você sentia tanta coisa por ela naquele momento que a sua necessidade de descobrir isso era maior do que o bom senso de não me magoar às vésperas de um jogo decisivo de olimpíadas? – Quando ela terminou a frase, meu choro já era de culpa. Eu realmente não merecia que ela me desculpasse e eu não tinha como contra argumentar a isso. – Sheilla, se acalma, eu não quero conversar com você chorando, não hoje. – A voz dela não foi gentil, foi apenas fria enquanto eu tentava respirar e segurar o choro que parecia não me obedecer.
Eu respirava tentando me acalmar e ela apenas me olhava em silêncio. Ela se levantou e pegou uma garrafa de água na geladeira me entregando e depois de algum tempo de silêncio ela voltou a falar.
- Tá melhor? – eu acenei positivamente e ela continuou – Você prefere que conversemos outro dia? – Eu acenei negativamente, não dava para deixar ela ir embora acreditando que eu tinha priorizado a Marianne. – Eu não vou desistir da conversa, eu só quero que você esteja bem pra ela também.
- Eu tô bem – Respondi – Eu só estou culpada. Eu sei o que eu fiz, eu não pensei em você. Eu pensei na minha insegurança por acreditar que você não queria estar comigo e eu me deixei levar por tudo isso. – Eu respirei fundo mais uma vez, finalmente tendo conseguindo conter o choro.
- Sheilla, que história é essa de eu não querer estar com você? – Ela parecia inconformada com a minha resposta, embora sua voz fosse estável e baixa.
- Cara, eu fiz tudo pra te provar que meu casamento tinha acabado, eu te pedi três vezes em namoro, Gabriela! Eu coloquei você para conviver com as minhas filhas, eu não sabia mais o que fazer pra te convencer que eu queria estar com você e você nem ao menos disse que gostava de mim – Eu desabafei de uma vez.
- Eu disse pra você, lá na Itália, que eu precisava ir devagar nessa história com seu marido.
- Ex – a consertei.
- Ex-marido. Eu só precisava ir com calma e você ficava o tempo inteiro usando essa porcaria de título de namoro pra ter certeza que eu não iria dormir com outra enquanto eu nem tinha certeza se você ia mesmo se divorciar – ela agora parecia mais exaltada, não gritávamos, mas o tom não era tranquilo.
- Calma? Como a gente iria com calma se você estava colocando minhas filhas pra dormir comigo dia sim, dia não. Que calma era essa que iríamos ter, Gabriela?
- A calma de me sentir minha e não achar que quando eu me entregasse pra você e você se sentisse segura, você voltaria para o Bruno porque já havia ganhado a disputa. Mas a vida é tão irônica que você fez pior!
- Que disputa, amor? – eu falei com o tom de voz de quem já estava desistindo de sustentar a briga, eu não queria brigar, eu queria que ela me desculpasse.
- Não me chama assim. – Ela disse firme e respirei fundo.
- Eu estava quase implorando pra você me dar alguma segurança. Eu sei que posso ter colocado um peso muito grande na palavra "namoro", mas eu achei que isso significaria que você estaria nessa comigo e só comigo e se você fugia dela significava que eu era apenas mais uma.
- Faria diferença? – Ela perguntou depois de um silêncio relativamente longo.
- O que?
- Se eu tivesse aceitado namorar com você antes de ir pra Tóquio, faria diferença? Você teria deixado de ficar com ela? – Ela perguntou e eu mesma já havia me perguntado isso tantas vezes.
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Sheibi - Facas
Storie d'amoreEssa é uma história fictícia sobre o shipp Sheibi. Tudo aqui descrito é fruto da minha fértil imaginação. Se elas sonharem com a existência dessa fic, ela some tão repentinamente como apareceu. Não me apegarei a datas exatas para ficar ainda mais...