Sete

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Eu disse 72h e ainda cheguei antes de meia-noite. HAHAHA. 
Lembrem de votar e comentar muito!
Obrigada pelo carinho de vocês e, principalmente, por continuarem acompanhando essa loucura aqui. 

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(FLASHBACK)

SHEILLA

A forma como a Gabriela recebeu toda a informação que despejei nela me fez sentir segura. Eu estava com muito medo de contar, com medo que ela continuasse achando que eu estava mentindo ou que ela acreditasse e também explodisse em raiva. Tudo que eu não precisava era de um bravejo valentão, eu só queria que a doce Gabriela estivesse comigo, em sua mais acolhedora versão e, para a minha surpresa, lá estava ela. Ela nem ao menos se referiu ao Bruno, apenas enxergou à mim e às minhas filhas. Eu sabia que ela era um imbecil e não precisava ouvir isso dela, eu precisava mesmo de um bom abraço e um pouco de compreensão e ela me ofereceu exatamente isso. Acalento.

Quando acordei, ela não estava na cama, imaginei que tivesse descido para comer algo e apenas fechei os olhos e tentei dormir novamente. Como efeito do choro longo da noite anterior, sentia meus olhos arderem e a cabeça latejar. Ouvi quando ela saiu do banheiro e me atrevi a abrir um pouco os olhos.

- Bom dia – murmurei baixo e, por alguns segundos, temi que tudo desmoronasse de novo e essa tivesse sido mais uma noite que precedia à tempestade.

- Ei, acordou... Eu pedi café pra gente e você só deveria acordar quando ele chegasse, volte a dormir imediatamente – Ela disse e me arrancou um sorriso enquanto se deitava novamente ao meu lado e me dava um selinho, espantando completamente a insegura de segundos antes.

- Café, é?

- Uhum – Ela disse enquanto me dava uma sequência de beijos espalhados no meu rosto e intercalados com selinhos.

- Acordou bem humorada essa dona Gabriela! Qual o motivo dessa alegria toda?

- Ahh você nem imagina? – ela disse rindo e acenei negativamente com a cabeça, fazendo minha melhor cara de quem não tinha nada a ver com isso – eu dormi com uma gata ontem, a mulher é perfeita, coisa de cinema e foi incrível aí acordei assim.

Gargalhei da brincadeira enquanto tínhamos uma das melhores manhãs possíveis, o assunto anterior não voltou, apenas falávamos das meninas e gastávamos nosso tempo nos dando carinho e conversando. Quando meu telefone tocou em chamada de vídeo pude ver o rosto da Isa, babá das minhas filhas e imaginei que elas já tivessem acordado. Passavam das onze da manhã na Itália, ou seja, seis no Brasil e as meninas estavam acordando para a escolinha.

Assim que atendi ao telefone, percebi a Gabriela chegar para o lado oposto. Na última ligação que fizemos as coisas não saíram como planejado, mas ela sempre teve uma relação próxima com as meninas, as viu crescer e principalmente, eu não queria que ela se sentisse como um segredo.

- Bom dia, tutucas – Falei e parecia que estávamos em uma festa, elas gritavam animadas porque acharam um urso escondido em algum canto do armário.

- Bom dia, mamãe, olha – Lara gritava e nem parecia que tinha acabado de acordar.

- Eita, vai ensurdecer a mamãe e a tia Gabi – Falei me aproximando dela para que ambas aparecêssemos no vídeo – Deem bom dia pra tia.

- Bom dia, tia Gabi, olha – Lara falava enquanto Anna tentava puxar o urso da mão dela.

- Bom dia, amores. Que lindo, seu urso. Como ele se chama? – Ela disse e, embora sorrisse para as meninas eu podia notar sua apreensão pela situação.

Sheibi - FacasOnde histórias criam vida. Descubra agora