Soltando a att do celular, a caminho de casa enquanto todo mundo está feliz e chocado com a audácia da véia, pra ver se esquecem de me matar.
E aí galera? Cês são team "não divido o que é bom" ou team "quem divide multiplica" ?
Lembrem de votar e comentar muito.
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GABRIELA
Da última vez que a vi sair com um ex e ela ficou sem dar notícias, ela reatou o casamento. Minha mente apenas circulava sobre isso enquanto Carolana me fazia um cafuné no quarto da Rosa e da Gattaz que estavam juntas na cama ao lado enquanto esperávamos para assistirmos juntas ao jogo da Holanda. O assunto não era eu, e eu não queria que fosse, conversávamos sobre Roberta estar flertando com uma russa em inglês e não entender mesmo assim porque a pronúncia de inglês dos russos é horrível.
Eu já me preparava para o pior, o dia inteiro tinha passado. Agora eram cerca de oito da manhã no Brasil, tínhamos nos falado meio dia do dia anterior, seria ingênuo da minha parte acreditar que ela não tinha feito nada. Se fosse alguma notícia ruim eu já saberia e, se nada trágico aconteceu, ela poderia ter mandado uma mensagem. Eu me preparava para fazer as coisas do jeito certo.
Estamos no meio de uma olimpíada, da olimpíada da minha vida, a Sheilla não pode e não vai estragar isso. Eu preciso terminar com isso de um jeito que só doa depois.
S: amor? – Meu telefone vibrou no meio do primeiro set do jogo da Anne.
G: Vendo a Holanda, falo contigo depois – A respondi e tentei me concentrar no jogo em vão.
Eu precisava respirar. Carolana seguia com seu carinho enquanto Roberta, que agora se uniu à nós dividia a cama de solteiro com nós duas embaralhadas assistindo ao jogo. As outras meninas, que chegaram há pouco, espalhadas pelo chão do quarto também assistindo a tela do computador não pareciam notar.
- Tá tudo bem, olhem pro jogo fofoqueiras! – Falei e tentei rir.
Quando o jogo acabou e fui para o meu quarto que, graças ao papo no quarto ao lado, estava vazio. Eu digitava algo para ela, avisando que ela poderia me ligar enquanto tentava racionalizar e reconhecer cada músculo da minha face e, assim, demonstrar o mínimo possível da dor que ela me causaria e ela me ligou antes que eu terminasse.
- Oi – Atendi e olhei seus olhos de choro. Lá vem.
- Oi, amor. – Ela disse com a voz um pouco rouca. Parecia exausta.
- Tudo bem? – Falei séria a observando dentro do que dava com essa internet horrível.
- A gente precisa...
- Aconteceu algo grave? – Perguntei e esperei a resposta que não veio – As meninas estão bem? Sua família?
- Não, tá todo mundo bem – Ela disse e eu podia ver, pelo vídeo a sua respiração parecer ofegante. – Eu só preciso te contar uma coisa.
- Pode falar. – Falei olhando fixamente para a tela.
- Ontem... – Ela não conseguia completar a frase e eu deixei o silêncio chegar, apenas fechando meus olhos – Eu e a Marianne...
Permaneci de olhos fechados e esperei que a frase me atingisse como deveria, mas ela não completou a frase por algum tempo que me pareceram horas.
- Eu e a Marianne ficamos – ela disse e eu senti como se ela estivesse esmagando meu coração com as mãos de tão apertado que ele estava.
Eu já conhecia a sensação mas, ainda assim, foi mais difícil dessa vez. A Marianne não era um sonho socialmente construído de família, a Marianne era "o maior amor do mundo". Eu focava em respirar, diferente da primeira vez, eu não queria encará-la. Eu tinha medo de a olhar e perceber que, no fundo, ela não se arrependia porque pela Marianne valia a pena. Eu soltei um riso irônico lembrando de um festival de música que fui na Marina da Glória em 2012.
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Sheibi - Facas
RomanceEssa é uma história fictícia sobre o shipp Sheibi. Tudo aqui descrito é fruto da minha fértil imaginação. Se elas sonharem com a existência dessa fic, ela some tão repentinamente como apareceu. Não me apegarei a datas exatas para ficar ainda mais...