Aventura

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Hoje a margarida apareceu antes do corujão, né? Pois bem, o nome é culpa por não ter att no dia combinado, rs.

AVISO: Isso é uma fic e na fic ninguém morre de covid, mas na vida real morre. Então distanciamento social, máscara, VACINA e limpar as mãozinhas são fundamentais. Festinha só na fic.

Lembrem de votar e comentar muito! Beijinhos, divirtam-se.

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GABRIELA

Ao longo da semana, tivemos jogos em dias praticamente alternados. Seguíamos invictas na fase de grupos, mas eu estava exausta, física e mentalmente. Tentei me abalar o mínimo possível pela proximidade do Bruno com a Sheilla, eu precisava estar focada, então minha única opção era acreditar no que ela me contava. A verdade é que meu grande medo com ele era exclusivamente graças ao apelo emocional que ele sempre fazia se utilizando da culpa que ela sentia por trabalhar demais e pelo término. A imagem de família tradicional e perfeita que ele desejava seguia bem o estereótipo mesmo: lindos, enquanto a esposa era subjugada e ele tinha amantes.

Sheilla e eu nos comunicávamos com chamadas de vídeo sempre que possível e por mensagens diariamente. No dia do jogo contra a Sérvia chegamos a pintar as unhas juntas em facetime, pois foi o tempo que conseguimos nos encontrar entre meus treinos e jogos e o trabalho e as filhas dela.

- Vai pintar as unhas? Também quero. – Falei assim que ela me atendeu e notei que ela estava mexendo com esmaltes.

- Vou pintar de preto pra eu olhar e lembrar de você – Ela disse fazendo referência ao coração que usávamos em nossas conversas e comecei a rir.

O motivo era bobo: Sheilla usava corações diferentes para emoções diferentes. Amarelo para amigos, família, fãs, vermelho para o marido, etc. Depois da VNL, eu não me encaixava em nenhuma dessas categorias, ganhei uma cor não usada que, por sinal, é a cor que eu mais gosto.

- O Brasil todo já sabe que esse coração preto é pra mim, né? A senhora só falta contar tudo no twitter – Falei brincando com o fato dela se enrolar com as perguntas e já ter deixado mais do que claro que estamos juntas.

- Te incomodou? – Ela pareceu preocupada.

- Não, meu amor. Tá tudo bem... – Falei rindo da preocupação boba dela – E o Bruno, falou algo sobre?

- Mais ou menos. Uma piada ou outra, aquele mesmo estresse sobre te querer longe das meninas... – Ela respirou fundo, agora ambas fazíamos as unhas enquanto falávamos.

- É, e como você tá com isso? – Perguntei já que por mais que eu quisesse estar perto das filhas dela, o jogo dele era para desestabiliza-la e não a mim.

- Tô chateada né, Gabriela? São minhas filhas, você as conhece desde antes delas nascerem, não é como se você fosse uma estranha ou como se fossemos nos agarrar na frente delas, sabe?

- Eu sei, eu sei. Mas olha, vamos acalmar as coisas primeiro, tá bom?

- Mas ele fala de um jeito, como se fôssemos ferir as meninas, como se só por estarmos juntas estivéssemos fazendo algo imensamente errado, sabe? Como se eu fosse coloca-las em risco!

- Isso vai passar, meu amor, assim que vocês resolverem a separação direitinho, os limites estarão bem colocados e tudo vai melhorar, você vai ver.

- Tá – Ela respondeu com um biquinho. – Já teve confraternização por aí?

- Confraternização?

- É, eu tava vendo no twitter uma história de integração sfv com futebol... – Ela falava olhando para as unhas e eu ri do ciúme bobo.

- Ah sim, várias mulheres lindas reunidas, uma coisa! Você viu, né? – Eu provocava o ciúme dela só para vê-la fazer aquele bico de quem queria dar um show, mas tem classe e orgulho demais pra isso.

Sheibi - FacasOnde histórias criam vida. Descubra agora