Ela não escuta

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Atenção respeitável público: A mulher com o esquema vacinal completo está passando com um capítulo novinho! Rs

Sim, meu sobrenome hoje é felicidade graças à essa vacina!

O capítulo estava quase pronto, então mesmo o braço estando um pouquinho chateado consegui terminar. Muito obrigada pelo carinho de sempre e lembrem de votar e comentar!

P.S: Eu morri de rir com a quebra de expectativa de vocês nos comentários do último capítulo hahaha. Continuem comentando muito, eu adoro MESMO!

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(Flashback)

GABRIELA

Quando acordei, Sheilla estava abraçada comigo de conchinha e podia sentir a respiração dela próxima ao meu corpo. Eu estava com saudades dessa sensação de tê-la tão perto, mas também não quero voltar de jeito nenhum para aquele limbo insano de dor e obrigação de conviver que tivemos quando ela apenas me apunhalou pelas costas, sem se importar muito com o que eu sentiria.

"Fui eu que terminei meu casamento". As palavras da noite anterior ainda ecoavam na minha cabeça. Como uma pessoa estava tão decidida a reconstruir algo e de repente acaba? Se bem que, na mesma noite em que voltou com ele, ela havia saído daqui jurando que voltaria para mim. Sacudi a cabeça quase sem notar.

- Bom dia – Ela sussurrou preguiçosa, parece que a acordei com meu movimento.

- Bom dia – Falei esperando que ela tirasse a o braço que circundava minha cintura, ao invés disso ela apertou o abraço.

- Dormiu bem? – Ela perguntou abraçada comigo e acenei positivamente.

- E você?

- Dormiria um pouco mais. – Ela respondeu sem me soltar – Que horas são?

- Ainda não vi – Falei e ela se esticou na cama de solteiro para alcançar meu telefone na pequena mesa de apoio ao meu lado, o corpo agora quase em cima do meu.

Era incrível como essa mulher é linda em todas as possibilidades e parecia ter mais controle das minhas sensações do que eu. Quando eu estava perto dela, metade de mim queria devorá-la da forma mais faminta possível e a outra metade morria de medo daquele sorriso lindo devorar meu coração de novo.

- Meu deus, estamos atrasadíssimas. Temos no máximo 40 minutos! – Ela falou se levantando em um movimento muito rápido e senti o ar frio invadir a cama onde o corpo dela estava me abraçando segundos antes – E tem ligação perdida – Ela me entregou correu destrambelhada para o quarto dela, me fazendo rir da afobação.

Quando olhei meu telefone tinham mais de 50 chamadas da Ju e senti como se meu coração fosse sair pela boca. A Juliana não era de fazer isso, muito menos pela madrugada. Ela deveria estar treinando para a grande noite de hoje, mandei uma mensagem e levantei para me vestir e pegar as malas, com fé que ela me respondesse logo.

Quando chegamos ao aeroporto horas depois da mensagem que mandei, ela ainda não havia me respondido e, nesse momento, eu já começava a conjecturar todos os cenários trágicos possíveis, então na primeira oportunidade que tive a telefonei.

- Amor, você tá bem? – Falei me afastando um pouco das meninas para conseguir alguma privacidade.

- Tá sim, Gabriela. Era isso? – Ela soava hostil.

- Ei, o que houve? – Eu estava confusa com o motivo da hostilidade.

- O que houve? O que aconteceu ontem? – Ela estava brava.

Sheibi - FacasOnde histórias criam vida. Descubra agora