Facas

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att veio antes das 2 am e dessa vez com revisoras, se tiver erro a culpa é delas. 

Obrigada por sempre, vocês batem meta atrás de meta muito rápido e fica difícil acompanhar esse ritmo na escrita hahaha

Votem, comentem, aproveitem.🥰💜

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(Flashback)

GABRIELA

Eu queria muito resolver a nossa briga sem ter que me expor e, por isso, a beijei no segundo em que pude. Eu queria que esse papo com a Larson fosse nada e que ela esquecesse o quanto eu estava sendo imbecil e não a merecendo, mas não seria justo com ela. Eu havia extrapolado todos os limites do razoável, eu havia invadido o espaço dela e ela estava certa em demarca-lo.

Quando ela voltou com o Bruno, eu decidi que não seria uma imbecil e não desperdiçaria uma amizade de tantos anos porque ela resolveu que queria apenas amizade, mas quando ela começou a tentar me prender por puro ego, me afastar de outras pessoas, ter ciúmes... mesmo ainda estando casada ela acabou completamente com a minha força de vontade de manter o que tínhamos de bom.

Meu principal erro, depois de enfiar a Juliana nisso, foi permitir que ela entrasse na minha cabeça de novo. Ela conseguiu mexer em coisas tão profundas com esse negócio do Miguel que eu nem consegui enxergar a Sheilla, eu apenas estava tentando me defender de tudo que minimamente parecesse um risco e, do jeito que essa mulher me fazia sentir ela não era apenas um risco, ela seria meu penhasco.

Quando ela segurou minha mão, sinalizando que não resolveríamos tudo assim, eu precisei decidir rapidamente comigo mesma se eu deixaria as coisas acabarem e teria sossego ou se ela valia o risco. E ela sempre valeu. Todos. Não doeria menos por ela saber que doía, então eu apenas disse. Disse sobre o Bruno e a sensação de abandono, falei da Juliana e do quanto eu permiti que ela intervisse em quem eu sou e, principalmente, disse do medo que eu tinha de me entregar a ela.

Eu disse e ouvi. Ouvi sobre o quanto foi difícil para ela me deixar. Eu nunca imaginei que foi difícil para ela, eu sempre achei que ela apenas ia e vinha quando queria. A cada palavra que ela dizia eu percebia o quanto a minha insegurança nos atrapalhou e, principalmente, o quanto eu fui egoísta nesse processo. Eu queria abraçá-la, eu queria protege-la desse caos. Como eu fui tão imbecil ao ponto de agir daquele jeito mesmo sabendo como foi o término do casamento? Onde eu estava com a cabeça?

O amor platônico mais longo que já existiu no mundo era o meu e lá estava ela: acessível, disponível, entregue. E eu estraguei tudo. Quando ela me pediu para escolher, lhe dei a única resposta possível: A verdade.

- Eu fiz mais de sete coisas pra tentar te fazer perceber que eu gostava de você. Não importa quantas vezes eu disse o nome dela. Eu não estou brincando com você. – Ela me disse com um olhar tão sincero que ficou ainda mais nítido o quanto eu fiz questão de fugir dela, estava ali o tempo todo – e eu preciso que você acredite em mim, se você não quiser eu já te disse que vou respeitar, mas eu não consigo ser sua amiga colorida. Eu preciso que você me ouça, acredite e decida.

- Eu já decidi – Falei e lhe dei um selinho com carinho.

- Gabriela, tira um tempo pra pensar, esse vai e volta é cansativo demais. Eu tive meu tempo, eu pensei. Pensa com calma também. – Ela pedia com a cautela de alguém que estava machucado.

- Eu decidi quando eu tinha... uns 16 anos. Na minha cabeça a gente namorava tinha uns 3 anos mais ou menos... – Falei a única verdade possível e pela risada que ela deu, ela achou que era uma brincadeira, talvez meu tom brincalhão tenha colaborado para ela apenas rir e não achar que eu era uma stalker louca.

Sheibi - FacasOnde histórias criam vida. Descubra agora