Simples pra eu não complicar

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Eu perdi o space de ontem porque estava escrevendo e chantageei todo mundo pelo áudio em troca de capítulo novo, mas como sempre vocês foram hiper velozes e brotaram com SEIS gravações diferentes do space em menos de 30 minutos. Então, aqui estou cumprindo minha parte do combinado e voltando com a tradição do capítulo na madrugada rs. 

Aproveitem o capítulo, obrigada pelo carinho de sempre, pelas curtidas, pela ansiedade, pelos muitos comentários diários e por tudinho. Tá sendo muito bom partilhar isso com vocês. Agradeço, e muito, pelas sugestões também. 

Enfim, veio aí então votem e comentem muito, como sempre. 

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GABRIELA

(flashback)

Minha última discussão com a Sheilla tinha me feito perceber que, independente do quanto eu a quisesse, nunca estaríamos em uma mesma energia equilibrada. Ela não queria equilíbrio, ela queria que eu a venerasse. Como ela ousa acreditar que eu deveria ficar triste pelo término? Ou seja, além de terminar para voltar para o marido, ela ainda queria que eu sofresse por isso? Ainda bem que ela não me viu derramar uma lágrima por ela, ainda bem que eu não fraquejei em nenhum momento.

Então agora é só focar no que tenho aqui com a Ju e isso já é tanto. Se eu conseguir me lembrar desse sentimento de proteção que eu sinto ao lado dela já será o suficiente para não tropeçar. Não vale a pena. Eu não vou me destruir de novo por alguém tão egocêntrico e confuso.

- Amor – Ouvi a Juliana chamar

- Oi – Falei com um leve sobressalto

- Posso te pedir uma coisa? – Ela estacionava no aeroporto.

- Claro, bebê – Falei e ela sorriu com o apelido.

- Se por acaso você e a Sheilla ficarem... – Ela disse receosa.

- Não vai acontecer – Falei convicta.

- Se acontecer... você me diz? – Ela perguntou com um olhar fofo que ela fazia para me pedir coisas.

- Não vai acontecer. – Repeti e lhe dei um selinho.

- Mas se acontecer... Eu prometo não criar um caos, mas me conta? – Ela insistiu.

- OK, mas não vai.

- E se rolar, promete que além de me contar, não vai transar com ela? – Ela sorriu com o sorriso que me convenceria a dizer quase qualquer sim.

- Esse sorriso aí me convence a tudo, né? – Falei e ri.

- Quer casar comigo? – Ela disse e eu gelei por alguns segundos até ela gargalhar...

- Quase tudo – Eu ri e a capacidade da Ju de ler as pessoas e principalmente de me ler era linda, encantadora e apavorante.

Saímos do carro, todas nos esperavam, faltavam apenas alguns minutos para o embarque. Me despedi da Juliana enquanto a Sheilla fingia não nos ver se escondendo atrás de seus óculos escuros e mexendo no telefone.

Entramos no avião e fui lado a lado com a Lorenne enquanto papeávamos sobre a Ju, falando baixo e desviando assuntos que envolvessem a Sheilla, já que ela estava sentada atrás de nós. Eu não iria perguntá-la sobre o casamento, isso era problema dela e, aparentemente, ela achava que eu era nova demais para entender o que isso queria dizer. Quando entramos no ônibus da CBV para irmos do aeroporto até Saquarema, Lore estava papeando fora do transporte enquanto o restante das meninas chegava até o ônibus. Eu entrei e me sentei em um assento qualquer olhando para a janela.

Sheibi - FacasOnde histórias criam vida. Descubra agora