「 "Fumar é nojento" 」- Carla
Ela, a garota que sempre faz tudo para que sua vida siga como planejado. Carla é uma pessoa boa, de bom coração... até mexerem com quem ama.
Amigos são prioridade, amores são sua última opção. Até conhecer Mattheo Riddl...
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- Onde você pensa que vai?
- Pra escola — digo como se fosse óbvio.
- Hoje nós não vamos aparecer na escola — diz passando na minha frente — Me segue.
- E se você for me matar ? — perguntei, mas mesmo assim sigo ele.
- Não vou matar você.
- Acho que é exatamente isso que um assassino falaria.
- Ou ele te mataria aqui mesmo — ele se virou para mim com um olhar mortal — Não é?
- Não me olhe assim — desviei os olhos para a rua movimentada.
Ele riu sarcástico, caminhamos sem dizer nada. Pelo menos o dia estava bonito, o céu radiante, as árvores coloridas. Um clima perfeito. Geralmente meus pais nunca me deixavam sair sozinha para nenhum lugar, a não ser que eles soubessem onde eu estava indo e com quem.
Mattheo colocou as mãos nos bolsos da calça, e olhava ao redor. Eu estava um pouco atrás dele, não muito. Mas dava para ver como todas as mulheres da rua o olhavam. Mattheo consegue ter um estilo de badboy, mas ao mesmo tempo ele exala ar de menino educado.
É tão difícil saber que daqui alguns meses nunca mais vou vê-lo, não posso mais negar, amigo ou não... ele será parte de uma fase importante da minha vida.
- Vem — ouvi a voz dele quando paramos em frente a um restaurante.
Segui o moreno sem fazer perguntas, uma mulher que tinha a idade para ser minha mãe encarou Mattheo como se fosse querer tirar a roupa dele ali mesmo. Riddle apenas disse os nomes e formos para uma mesa com duas cadeiras, sentei quando o garçom afastou a cadeira.
- Obrigada — digo educadamente.
Ele expandiu um lindo sorriso, talvez fosse alguns anos mais velho que eu.
- O que vocês desejam? — ele olhou para Mattheo e depois parou em mim sorrindo.
- Eu vou...
- Quero que você pare de olhar para a minha namorada — Mattheo diz olhando o cardápio.
Sinto um frio na barriga quando ele fala, vejo o homem ficar sem graça. Ele logo pega nossos pedidos saindo que nem um flash. Encarei o moreno na minha frente que pegou um palito deixando no canto esquerdo da boca.
- Não precisava falar com ele assim.
- Precisava sim — pega o palito da sua boca — Viu o jeito que ele olhou para você desde que chegamos? Aposto que iria pegar seu número.
- E qual seria o problema?
- O problema é que você tá comigo — se inclinou para frente apoiando os braços na mesa.
