...- O Paul está aqui? – Perguntei surpresa.
- Não, está ao telefone. Pediu para que eu te chamasse. Vai atender? – Ela respondeu.
Dei um suspiro de alívio, eu sabia que tinha que resolver minha situação com o Paul, mas não assim de surpresa. Eu tinha que pensar bem como falaria com ele. Pensei um pouco, mas resolvi atender. Me dirigi a sala e então peguei o telefone.
- Oi, Paul.
- Linda, que saudades! Não consegui falar com você no domingo. Ainda estava na casa daqueles delinq...do guns? – Ele ia os ofendendo, mas lembrou-se que eu não gostava que ele falasse mal deles.
- Estava Paul, só voltei para cá no domingo à noite com a Camille.
- Linda, estou com tantas saudades de você. Nem pudemos aproveitar o final de semana, ainda preferia ter te levado em outro lugar ao invés daquela festa. – Reclamou.
- É eu sei que você não gostou. Na verdade Paul...
- Linda, eu tive que vim antes para New York e as coisas estão corridas por aqui, mas acredito que no final de semana já esteja de volta aí em L.A.
- Bem Paul, sobre o final de semana, precisamos mesmo conversar. Eu também irei rapidamente a Seatle no meio da semana, mas gostaria de conversar com você se possível no sábado, logo quando eu chegasse.
- Claro. Conversamos sim. É algo sério, Jenny? Sua voz está diferente. Pode me antecipar o assunto? – Ele me perguntou um tanto preocupado e curioso.
- Paul, eu prefiro que seja pessoalmente. – Falei para ele. Não queria terminar por telefone. Isso era horrível.
- Está bem. No sábado a gente conversa. Bem, eu vou ter que desligar porque vou para uma reunião. Liguei apenas para dizer o quanto estou sentindo sua falta e desejar uma boa noite. – Disse carinhoso.
- Obrigada. – Dei um sorriso fraco e de remorso. Eu precisava mesmo resolver isso o quanto antes.
- Tchau, Linda. Sonhe com os anjos, aliás comigo. – Soltou um risinho.
- Tchau, Paul.
Desliguei o telefone com um nó na garganta. Eu não sabia se era pior eu manter isso ou terminar por telefone.
Assim que me viro vejo Camille encostada na parede olhando para mim com a face séria e de repreensão.
- Jenny, sabe que eu não gosto desse pastel, mas não aprovo isso. Você está com ele e com o Axl ao mesmo tempo?
- Camille, é complicado. Não é porque eu quero. Na verdade o que eu quero é conversar com o Paul o mais rápido possível e pôr um fim no nosso namoro, acontece que não quero fazer isso por telefone e ele só vem no final de semana.
- Entendi. – Ela ainda estava contrariada.
Eu sabia muito bem o que a Camille achava de traição e por isso dessa reação.
- Amiga, eu juro que tô me sentindo péssima. Eu nunca pensei em fazer isso, não queria magoar os sentimentos do Paul, ele sempre me foi muito gentil e carinhoso comigo. Ahhh! No que eu fui me meter? – Falei angustiada levando as mãos ao rosto.
- Tá, também não se torture. Entendo que a situação fugiu das suas mãos. Claro que seria péssimo você terminar com ele por telefone. Mas assim que ele chegar resolva logo, não adie mais essa situação.
- Resolverei sim. Até porque estou tão mal com tudo. – Eu chegava a sentir meu estômago embrulhar.
- Vou para meu quarto. – Ela já ia saindo quando a chamei novamente.
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My Sweet Intérprete
FanficUm emprego pode mudar tanto uma vida? Para Jennifer, em meio a tantos problemas, aceitar ser a intérprete de uma famosa banda de rock, parecia a solução. Mas ela não imaginava que em seu caminho um vocalista mimado e egocentrico poderia lhe causar...