A Declaração de Guerra

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A maioria das crianças possuem um sonho, algo que querem seguir como profissão quando forem adultos.

A maioria se questionada, responde medicina, direito, veterinária ou qualquer uma dessas graduações "populares" mas quando a professora do quarto ano questionou para Josh Beauchamp o que ele queria ser, o garotinho loiro respondeu sem ao menos pensar:

— Prof, eu quero ser um grande Marechal.

Isso mesmo, um Marechal. A patente mais alta no exército.

Talvez você já tenha assistido "Corações de Ferro" ou "Rambo", esses são os filmes favoritos de Josh. Além de que o garoto passou sua adolescência inteira jogando Call of Duty, Fortnite, Sniper de Elite e todos os outros jogos de tiro.

Como consequência, seu maior sonho é ingressar no exército e seguir uma carreira militar.

Talvez isso tenha um pouco de influência do seu pai, já que o homem é General de brigada no decímo quinto batalhão.

— Pegou tudo Joshua?

— Sim, senhor.

Beauchamp mantém sua postura reta e uma continência diante de seu pai. O homem com as mãos para trás e usando sua habitual farda, o analiza de cima a baixo. Por fim, para em sua frente.

— Escute, sei que não vai me decepcionar, mas, eu não tenho muitos conhecidos no batalhão em que você foi selecionado, portanto, seja prudente, Joshua. Não cause problemas, estamos entendidos?

— Sim, senhor.

— Descansar soldado.

Josh relaxa sua continência enquanto seu pai deposita um abraço apertado.

— Se cuide.

Com a sua mochila nas costas, Joshua acena para o pai mais uma vez antes de entrar no Uber que havia pedido.

Ele efetuou o alistamento militar no último ano do ensino médio e se dedicou em obter boas notas, já que depois que conseguir a patente de soldado pretende continuar seus estudos em uma graduação.

Ele tem tantos sonhos e nesse momento sente que está dando o primeiro passo para realiza-los.

Enquanto isso, do outro lado da cidade...

— Noah Jacob Urrea! Será que dá pra levantar a bunda desse sofá? Cacete muleque!

Noah esfrega os olhos e sente uma enorme dor de cabeça. Piscando algumas vezes para que sua visão fique em sua mãe.

— Ei, por que você tá gritando? - ele pergunta.

— Por que?! Olha só a zona que está essa casa, você chegou de madrugada e não fez nada do que eu te pedi, além de que não é hoje que você deve comparecer no batalhão? - Wendy Urrea fala, ajuntando todas as garrafas de bebidas espalhadas pelo comôdo.

— Puta merda! Puta merda!

Noah levanta em um pulo, se sente enjoado por conta da ressaca, mas sobe as escadas o mais rápido que consegue.

Pega sua mochila rasgada, enfia diversas roupas, alguns itens de higiene e um par de tênis. Depois, vai tirando a roupa ao mesmo tempo que liga o chuveiro.

— Droga, droga... vou me atrasar.

Ele se dedica em se esfregar já que o cheiro de bebida da noite anterior está impregnado em seu corpo. Noah sorri ao se lembrar da noite anterior, depois que saiu da festa com uma garota e eles se divertiram na casa dela, se é que você me entende.

Amor Camuflado - NoshOnde histórias criam vida. Descubra agora