Amor em Construção | Vondy

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𝘿𝙪𝙡𝙘𝙚 𝙈𝙖𝙧𝙞́𝙖

(...)

— filho você me deixou preocupada... tá vendo porque eu não deixo você ficar comendo essas besteiras? Tudo por culpa dessas coisas gorduras.. — digo o colocando na cama.

— mãe, eu já tô grandinho... não precisa me colocar aqui... — ele diz envergonhado — e eu já tô bem, não ouviu o Dr Huckmen?

— É Uckermann... e você está assistindo desenhos demais... já está até trocando os nomes. — rio.

— Mãe...

— Sim?

— A senhora já conhecia ele, não é?

— Sim... — suspiro — porque filho?

— ele é legal... ficou bem nervoso com você ali.

— Você achou? Ele... parecia normal — rio.

— Ele ficou vermelho... assim como eu fico quando eu tô perto da Laurinha.

— Laurinha, que Laurinha, Lucas? — começo a rir.

— É minha coleguinha de sala. Filha da professora Anahí.

— Sério? E ela gosta de você? Você gosta dela?

— Mãe... eu tenho vergonha. — ele se cobre.

— Filho, não precisa ter vergonha... você deveria ter me dito antes... eu posso te ajudar com isso...

— não mãe... por favor... eu não quero que ela descubra.

— ei... eu não vou falar nada pra ela não. Olha só, vamos dormir, amanhã conversamos sobre. Hoje o dia foi bem cansativo.

— boa noite mãe.

— boa noite filho.

Fui me deitar pensando em como foram loucas essas últimas horas. Faziam tantos anos que eu não tinha notícia dele, que eu sofri calada. Que pensei em procurá-lo. Foi tudo tão difícil pra mim.

Quando descobri que estava grávida foi ainda mais doloroso. Mas Lucas mudou completamente minha vida. Eu era uma empresária corrida, sem tempo pra nada, apenas trabalho, problemas. Eu tive sérios problemas com a bebida depois que Chris foi embora. Quando descobri que estava esperando um bebê eu até pensei que fosse perdê-lo. Com tanto álcool em meu organismo. Não seria possível um bebê nascer saudável.

Mais alguns dias se passaram. Eu estava de mudança, aquela mansão era grande demais para nós, eu vendi com dor no coração, mas me desapeguei.

Fomos morar em um apartamento com um bom conforto, que atendia melhor a nossa necessidade. Ana foi comigo, claro. Eu não abria mão dela.

Em meio a essa correria da mudança, entre uma reunião ou outra da escola do Lucas, eu acabei me aproximando de sua professora Anahí. Mãe da namoradinha dele.

Anahí era uma ótima pessoa, e foi ela quem me orientou que aquele apartamento estava a venda.

Era sexta feira a noite quando eu e Luiza saímos para tomar um drink. Deixei Lucas com Ana e fomos conversar.

(...)

— Acredita que o Lucas está todo feliz com a Laurinha? Ele tá todo bobo. Mandando cartinhas. Chocolates.

— Eu vi mesmo... Amanda me disse que ele fica olhando pra ela o recreio inteiro. — ela ri.

— Pois é, ele tá me saindo um ótimo don juan.