𝘿𝙪𝙡𝙘𝙚 𝙈𝙖𝙧𝙞́𝙖
Com o passar dos dias, as coisas foram entrando nos eixos. Até a rotina mudou depois que Chris voltou de vez para a família da qual sempre pertenceu. Era tão gostoso chegar do trabalho e esperar por ele, mesmo nos dias que não o via, pelo plantão noturno, eu sabia que onde ele estivesse, ele era um pedaço nosso.
Lucas e ele estão cada vez mais próximos. Anahí me disse que até as notas dele melhoraram. A figura paterna era muito importante na vida dele, e eu só me dei conta quando de fato Chris o assumiu.
Não adianta a hipocrisia de que criar um filho sozinha é simples... Foi uma tarefa árdua, e que se não fosse o momento ideal para revelar a ele a verdade, eu não sei como seria. A pergunta sobre o pai era algo tão frequente, que agora eu não tinha com o que me preocupar.
Depois de alguns dias assim, Chris me contou que sua mãe estava fazendo aniversário, que estava nos convidando para ir até la comemorar com seus parentes mais íntimos. Eu ainda estava receosa com a presença dela, mas era necessário, havia um gelo a ser quebrado. Ainda mais agora que ela sabe que tem um neto.
(...)
— Acha que vai ter muita gente? — pergunto a Chris enquanto termino de calçar as sandálias.
— Não sei.. Minha mãe sempre chama as mesmas pessoas. Mia tia Andréa, meu avô de consideração, e algumas vizinhas.
— Entendi.
— Por quê? Não está muito afim de ir e acha que sua ausência será facilmente notada? — ele pergunta rindo.
— Não.. que isso. perguntei por perguntar, oras. — rio.
— Ótimo.. até porque minha mãe precisa se retratar com você — ele comenta enquanto passa perfume.
— Se retratar? Eu já esqueci isso.. Não tem mais o que dizer.
— É o que você diz. Mas eu sei bem que você ficou chateada.. Além do mais vocês vão dar super certo... Eu preciso ver essa cena.
— Ai Chris... que bobagem, ela vai achar que sou eu que ainda estou remoendo um pedido de desculpas.
— Ela não vai achar nada. — ele aproxima me dando um selinho — vamos, eu preciso passar no posto de gasolina ainda.
— Lucas já está pronto? — pergunto.
— Vou checar. — ele comenta e logo em seguida partimos para a casa de sua mãe.
Eu confesso que não me animei muito com o convite, mas é a mãe dele, não posso fazer desfeita. Preciso colaborar para uma boa convivência com ela depois de tantos mal entendidos.
Quando chegamos, fomos muito bem recebidos. Ficamos no cantinho da sala petiscando os salgadinhos que ela havia encomendado. Chris pegou uma cerveja sem álcool pra mim, e ele ficou no vinho. Lucas estava vendo tv próximo a nós quando minha sogra se aproximou.
— Dulce... que bom vê-la! — ela me abraça — está linda.
— Obrigada Sra Alexandra. Espero que goste do presente. — entrego a ela a sacola do perfume que comprei.
— muito obrigada, não precisava se preocupar. — ela sorri agradecida — filho eu esqueci de mencionar, mas tem uma supresa esperando por você lá em cima.
— supresa? No seu quarto?
— É.. vai lá. Enquanto isso eu vou bater um papinho com a Dulce. — ela sorri pra mim.
— tá bom. — ele diz se afastando.
𝘾𝙝𝙧𝙞𝙨𝙩𝙤𝙥𝙝𝙚𝙧
Fui até o quarto da minha mãe, ela disse que havia alguma supresa pra mim. Abri a porta e não encontrei nada. Me aproximei da cama, olhei na cômoda, e nada. Fui quando senti alguém bater no meu ombro e soltar um gritinho familiar.
— BUUU!! Ahhh — ela ri unicamente, só podia ser Sabrina, minha prima.
— Sá! Quanto tempo. — sorrio e ela corre para me abraçar.
— Ahhh nem me fale! Que homem mais ocupado é esse minha gente! Senti sua falta. — ela sorri.
— E eu a sua. Deve fazer uns 5 anos, eu acho. Você parece bem.
— E estou, tô ótima. — ela senta na cama da minha mãe.
— Que dia chegou... e porque não estava aqui em cima sozinha? — pergunto.
— Cheguei ontem. E eu estava no banho, não vê que meus cabelos estão molhados ainda?
— Nem reparei. Mas que bom que veio, minha mãe estava bem empolgada, devia saber que era pela sua presença.
— Sim, a tia Ale tá me mimando desde ontem. Mas o melhor você não sabe, é que agora estaremos no mesmo ramo.
— Mesmo ramo? Quer medicina também? — rio.
— É claro! Depois da faculdade de direito, eu me perdi totalmente. Nunca é tarde para seguir nossos desejos. Não me sinto velha com 25 anos.
— Mas eu me sinto com 33 — rio.
— Ah, para... você sempre foi gatinho, muito disputado. Agora que tem o poder nas mãos então. Preciso aprender muito com meu querido primo.
— Espero que realmente esteja fazendo de coração, não será nada fácil.
— Eu sei.. mas vamos descer então. Estou faminta. Além do mais minha amiga Jane não para de me ligar a toa. Preciso me distrair.
— Então vamos. — digo.
Sabrina é uma moça muito autêntica, sem papas na língua, sempre foi muito direta e sonhadora. Quando mais nova vivia dizendo que iria se casar comigo, porque sempre me achava o exemplo de homem mais velho em sua vida. Eu praticamente a vi crescer, com quase 10 anos de diferença, a tenho como uma irmã mais nova.
Realmente me surpreendi com a presença dela ali. E suponho que minha mãe estivesse muito feliz com ela ali também. Mas quando retornei para a sala a minha curiosidade maior era saber sobre o que falavam enquanto eu saí. Eu queria muito ver essa reaproximação das duas mulheres da minha vida. E quando me aproximei meio que interrompi o assunto.
— atrapalho? — pergunto.
— claro que não! Me diga, gostou da supresa? — ela pergunta.
— que supresa? — Dulce pergunta.
— Cheguei!! — Sabrina diz e Dulce automaticamente a olha pois ela escorou no meu ombro e Dulce não faz ideia de quem ela seja. Seu olhar foi de uma fera pronta para atacar.
— Eu adorei mãe. Dulce, meu amor essa é minha prima Sabrina. Ela está de volta a cidade e começará com medicina em breve. Sabrina, essa é minha namorada Dulce.
— Muito prazer, Sabrina. — ela comenta.
— Igualmente querida. Você deve ser a moça de quem ele tanto falou na adolescência não é? Me lembro bem dele comentando que você era bem magrinha. — Dulce serra os olhos e depois me encara.
— Sabrina, que isso — rio de nervoso — você que perguntava como ela era, pra imaginar como ela é. — tento corrigir.
— Oh, desculpe. Mas realmente, ele estava certo em dizer que você é linda, parabéns. — ela sorri para Dulce que ainda fica sem graça.
— obrigada.
Foi uma situação meio desconfortável, eu senti que Dulce não entendeu ainda o gênio espontâneo de minha prima, e precisaria lhe dizer na volta para casa, já que foi um tremendo silêncio.
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Desculpem a demora pra postar, comecei ontem e só terminei hoje. Muita correria nas vendas da black friday, estava sem tempo e cabeça pra finalizar.
Sabrina chegou para trazer incômodos? O que acham?
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Amor em Construção | Vondy
FanfictionCONCLUÍDA || + 18 || Dulce Maria Saviñon está decidida a reformar sua enorme mansão. A dona de uma grande agência de turismo da capital resolve contratar uma boa equipe para quebrar tudo. Sua vida vira de ponta cabeça quando um dos empregados desper...