Capítulo - 4 (A fuga)

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A FUGA…

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A FUGA…

Foram dez minutos até pararem numa garagem de um prédio no subúrbio da cidade. O edifício era antigo e o sistema de segurança ali, era zero. Então, a loura não precisava se preocupar em se esconder de câmeras e as provas do sequestro que estava cometendo. 

Estacionou numa vaga que mal coube o carro e começou a analisar a parte mais difícil que viria agora. Não tinha planejado as coisas dessa maneira. Poderia ter seus defeitos. Mas, não era uma criminosa. Pelo menos, a ponto de cometer um sequestro.

Ele era forte. Só está colaborando, pode a dominar e reverter a situação de forma rápida e talvez até bem violenta.  Analisou e contestou que tenha sido uma péssima ideia o trazer junto. Poderia ter pego o carro, o dinheiro e o obrigado a dar as senhas do cartão. 

Mas, ele os bloquearia em minutos e estaria do mesmo jeito que estava dentro do elevador. Não pode usar seu dinheiro. O sogro a rastrearia facilmente. Não pode voltar à sua casa. Pode ter capangas dele por lá a esperando. Não pode nem ir até o cofre da oficina... 

---Sam... Meu noivo é um psicopata! Eu não  vou te machucar, só preciso que colabore comigo...--- falou séria o encarando entre os bancos. 

Ele decidiu não falar mais com ela durante o trajeto. A cara de irritado dele, deixava aquela promessa que lhe daria umas palmadas no primeiro momento que pudesse, muito realista. Porém, tentadoramente sedutora. 

--- Me solta e a gente conversa...--- mostrou as mãos amarradas. Mas, acreditava que sua ira bem clara no rosto a estava deixando com medo. 

--- Se eu te soltar, não seria um sequestro! Seria um encontro! E eu não sei se já estou preparada para esse evento... 

--- Acha que não vão sentir a minha falta a qualquer momento?--- Sabia que dali a pouco aquele seu telefone tocaria desesperado. 

Dois dias fora de casa já estava deixando a sua mãe com aquela famosa crise de ansiedade. E se  ela não soubesse de fato onde ele estava, colocaria o exército a sua procura. Maldita hora, que o irmão lhe contou sobre o Haiti. Não havia necessidade nenhuma de falar para ela daquela sua estúpida idea de colaborar naquela missão pós terremoto.

--- Presta atenção...--- Keyla começou de forma calma,  embora a sua voz demonstrasse quase um desespero interior.--- Você vai descer comigo... Vamos até o apartamento que era meu e lá conversamos... 

--- Vai me soltar? --- confessava que essa história de ser sequestrado por aquela mulher era bem excitante. Mas, já estava passando dos limites. 

--- Não. Você vai comigo até meu apartamento. Conversamos. Depois quem sabe...--- mordeu os lábios dando uma olhada bem detalhada no corpo dele. 

Se resolver revidar. Não vai conseguir detê-lo. Vai perder a chance de beijar aquela boca, cujo o desejo por ela vem crescendo a cada instante. Se ele fugir, tudo bem. Vai pensar em algum jeito de seguir o seu plano sem ser rastreada. Mas, se a imobilizar e chamar a polícia. Vai com certeza parar nas mãos do sogro. E isso era apavorante. 

Sequestrando o PlayboyOnde histórias criam vida. Descubra agora