REBECA…
Samuel deixou um gemido baixo escapar com o toque macio dos lábios de alguém em seu rosto. Eles eram quentes e provocavam arrepios em sua pele por onde passavam. Desciam devagar da altura da sua testa em uma linha imaginária até a sua boca o fazendo recepcioná-lo de imediato num beijo ardente. Quis abrir os olhos e confirmar quem seria o dono daqueles lábios, mas eles não obedeciam.
Pareciam costurados, colados e tão doloridos...
O beijo era bom. Mas, a boca era de alguém que não estava reconhecendo. E ele não se lembrava de quem ela poderia ser. Retribuiu deixando a sua boca se abrir para que aquela língua travessa e sapeca pudesse invadir e brincar com a sua língua. Era doce, mas ao mesmo tempo amargo. Retribuiu de forma implícita levando involuntariamente a suas mãos a contornar o rosto de quem o beijava. Era um fantasma sem rosto que o assombrava na escuridão que se encontrava.
- Acorda idiota! - por um segundo, a voz de Leonardo invadiu o seu cérebro como um trovão muito alto e apovarante. - Acorda, cara! Quem sabe de olhos abertos você beija melhor!
Samuel levantou de rompante sentando na cama. A dor abaixo da sua costela reverberou por toda região do estômago, o suor banhava o rosto e o corpo ardia em febre. Viu Ayla lhe chamar pelo nome de arma punho apontando na direção do corredor escondida atrás do marco da porta.
- Bem vindo ao mundo, belo adormecido! - falou furiosa pela demora que levou para acordar.
Tentou se ambientalizar piscando várias vezes os olhos. O ambiente era estranho, um lugar ao qual não lembrava estar anteriormente. A cabeça parecia explodir numa enxaqueca violenta...
Ouvi-se um som de uma explosão ecoar pelo lado de fora das paredes. Se apressou a vestir o moletom jogado na cama aos seus pés, tirando logo em seguida aquela camisola ridícula. E mesmo com dor, passou a camiseta ali presente também sobre a cabeça. Respirou fundo pra tentar amenizar os efeitos provocados com os olhos fechados e...
Uma boca conhecida colou na sua. Essa ele conhecia. Era um beijo que ele andava desejando a um bom tempo. O beijo intenso, porém rápido o dominou por completo despertando aquela corrente elétrica que fazia todas as suas células responderem na mesma intensidade o desejo que sentia pela dona daqueles lábios e quando ele abriu os olhos e ela se afastou...
- Keyla! - a abraçou com força mesmo sentido que aquele gesto o machucava. - Você está bem?- A afastou para averiguar seu bem estar, mas ela já o puxou pela mão.
- Tem dois minutos de vantagem! - Ayla mostrou a saída. - Depois vou caçar vocês!
- Mas, que diabos está acontecendo? - Samuel quis se inteirar da situação.
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Sequestrando o Playboy
RomancePara ela... A vida era um eterno competir em quatro rodas. Sentir o motor do carro pulsar na mesma frequência do ritmo do seu coração. A adrenalina pulsando nas veias em cada segundo que antecede a largada, a emoção da vitória, o suspense do percu...