Capítulo 41

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Capítulo 41

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Capítulo 41

Entendendo o jogo…

Enquanto a água morna do chuveiro caía sobre o corpo de Samuel, seus pensamentos vagavam à procura de soluções aos seus problemas. Eles eram um quebra cabeça muito difícil de montar. Cada peça que encaixava no jogo, tirava a chance de outra ter um lugar apropriado. Sete anos se passaram, sete anos resumidos na mesma situação, tomar uma decisão importante que mudaria, não só a sua vida, mas de outras que tanto ama.

— Por que tudo tem sempre que terminar assim? — espalmou as mãos na bancada da pia assim que saiu do chuveiro e encarou o espelho. — Por quê nada pode ser simples? Será que eu não mereço ser feliz?

O reflexo ali presente, abatido com os últimos acontecimentos, parecia lhe condenar por tudo que aconteceu até agora. Ele só queria ajudar quem mais ama. Fazer o que uma boa pessoa deve fazer. Mas, sempre! Sempre acaba se enrolando e transformando situações simples em uma bola de neve montanha abaixo. E o resultado, uma tragédia anunciada…

Primeiro foi sua mãe, a maldita doença dela o prendeu a Miguel. Dever uma vida, fez com que não tivesse saída a não ser se submeter a ele, aos desejos dele. Não podia negar que o amou, mesmo sentindo ser um prisioneiro o tempo todo. A lágrima que escorria agora em seu rosto, representa a saudade que nunca acaba. Não importa quem tenha ao seu lado, na sua cama, ou talvez,  em sua vida. Nunca vai se perdoar por ter tomado a decisão errada. Afinal, como a própria loura jogava na sua cara, não era o mocinho da história, só mais um bandido pagando de bonzinho.

— Me diz oque eu faço, me dê um sinal, alguma luz no meu caminho tão escuro, universo…

Lembrou da Any, e quanto sofrimento fez ela passar por sua culpa. Deveria ter voltado quando Leonardo ligou falando da falsa morte de Christopher. Deveria ter contado a verdade à eles desde o começo. Evitaria inúmeros transtornos. Pelo menos, ela agora estava feliz ao lado de Noah e do seu filho com Léo.

Deixou uma risada escapar lembrando de como isso tudo foi uma loucura. Ela era a paixão da vida de Leonardo. Desde menino, ele via a possibilidade de um dia ser seu namorado, marido e pai de seus filhos. Era um amor mais proibido que o seu por ele. Afinal, o único drama entre os dois era as regras da sociedade. Um amor entre dois homens? Isso é inconcebível! Um pecado mortal segundo sua religião, sendo até liberado a pena de execução do pervertido. Engoliu em seco lembrando do irmão. Das coisas que sempre lhe dizia e da maldita cláusula no testamento do seu pai com relação a sua herança. Já o amor de Léo pela Any, a mulher do irmão? Olhou o teto tentando entender por que os pares estavam trocados o tempo todo.

Depois, foi Leonardo. Pensava em  como era incrível a capacidade dele se meter em encrenca. E como era difícil resistir a paixão que sentia por ele. Entende plenamente Keyla.  Sabe o que é amar alguém de uma maneira tão forte a ponto de ficar longe para que nada de ruim aconteça com ela. Como é duro acordar na cama da pessoa errada ou pior, não ter ninguém pra se esquentar nas noites frias de solidão.

Sequestrando o PlayboyOnde histórias criam vida. Descubra agora