CAPÍTULO 22
O roubo…
O carro das garotas estacionou diante da revenda de carros "Somalium" sob a sombra de um majestoso salgueiro. Elas averiguaram pelo retrovisor se tinham sido seguidas ou se haviam pessoas suspeitas a observarem. Todo o cuidado era pouco nesse momento. Com o terreno "limpo", Lince apontou o carro exposto na vitrine à colega. O Mustang branco brilhava imponente pela vidraça banhado pelos raios solares da manhã. Ele era perfeito! Fazia com glamour o papel de cavalo branco. Só tinha um problema. Não poderiam comprá-lo! Muito menos roubar um carro daqueles. A polícia cairia em cima na hora a procura dele. Seria como levar um rastreador ao esconderijo. A loura olhou desconfiada a amiga e brincou...
- Esse era o carro, Lince?- a voz saiu embargada de sarcasmo. - Eu sabia que não tinha juízo, mas roubar um carro desse no meio da situação que nos encontramos? É como pintar um alvo em nossas costas!
- E quem disse que vamos roubar? Vamos ganhar ele? E mais algum dinheiro para fuga também!
- Temos dinheiro que chega! Só precisamos resgatar o Samuel! - a loira revirou os olhos avaliando a sua ambição. Admirando aquela beleza exposta como uma verdadeira jóia. Seria muito bom entrar com ele num casamento e roubar o noivo! Já se imaginava fazendo isso.
- Você tem! Tem a sua parte e a do ruivo babão! - Lince fez uma cara esnobe. - E eu? Acha que o que a Ayla nos deu vai durar quanto tempo?
- Depois que estivermos seguros, poderemos arranjar um emprego como pessoas normais! - Keyla lembrou de ter dito que para ficar longe de Roger, levaria até latrinas. E cumpriria essa promessa se conseguisse sair viva dessa loucura toda.
- Não somos pessoas normais, bebê! Eu sei disso. Você sabe disso!
- Lince... Precisamos dar um tempo! Precisamos de um plano! Não de mais confusão!
A morena abriu um largo sorriso e já foi descendo do carro. Ajustou o boné e o óculos escuro camuflando a sua aparência, meteu as mãos nos bolsos do blusão de moletom e foi em direção à loja. Sem alternativa aparente, Keyla fez o mesmo procedimento a seguir. Afinal, alguém tinha que impedir essa sandice.
- Olá, Chris! - Ela chamou a gerente pelo nome assim que entrou.
A mulher que conferia algo ao celular encostada ao balcão da recepção, logo se virou na direção delas um tanto preocupada com as suas vestimentas. Elas pareciam duas pivete prontas a assaltar o estabelecimento. Não possíveis compradoras de carros de luxo.
- Olá, no que eu posso ajudá-las?- largou o aparelho e se aproximou das garotas um tanto alarmada. Já tinha sido assaltada alguns meses atrás. Perdeu dois carros no assalto.
- Nossa, Chris! Não está me reconhecendo?- Lince tirou as mãos do bolso e as levantou acima do rosto ampliando o sorriso em direção a mulher. — Assim você me magoa!
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Sequestrando o Playboy
RomancePara ela... A vida era um eterno competir em quatro rodas. Sentir o motor do carro pulsar na mesma frequência do ritmo do seu coração. A adrenalina pulsando nas veias em cada segundo que antecede a largada, a emoção da vitória, o suspense do percu...