CAPÍTULO 28 (culpa)

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Capítulo 28

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Capítulo 28

Culpa...

A escuridão parecia um bom lugar para se refugiar senão fosse o olhar de Eduardo encarando Samuel. O vislumbre dele à sua frente o assustava. O desprezo misturado à surpresa do que aconteceu, refletido naquele olhar sombrio fazia a culpa torturar sua mente de formas cruéis e dolorosas.

Tentava pedir desculpas. Mais ainda, implorar para que as aceitasse. Mesmo sabendo que era culpa dele o ameaçar e pôr vidas em risco. Tentava explicar naquele silêncio e troca de olhares que não tinha intenção de machucá-lo daquela maneira. Mas, o moreno sorria em tom sarcástico e apontava algo em meio ao breu. Por vários momentos, seguiu o olhar na direção do que mostrava e nada via. Simplesmente sabia que ali camuflado, algo de muito importante para sua vida se escondia...

De sobressalto, Samuel sentou na cama. O suor escorrendo pela testa e a respiração irregular deletaram o pesadelo. Dormir tornou- se um constante viajar ao seu inferno pessoal. Ainda ouvia o choro estridente de um bebê ecoar em sua mente. O quarto agora claro pela luz solar que entrava pela fresta da cortina, apagava as lembranças do que tentou ver quando Eduardo apontou na escuridão. Nenhuma imagem se concretizava em sua mente. E tinha certeza que aquele mistério traria aquela enxaqueca de dúvidas para infernizar o seu dia.

- Você está bem? - Rebeca o encarou deitada ao seu lado com um olhar preocupado.

- O que você está fazendo aqui?- Passou as mão pelo cabelo e deixou o corpo cair para trás se ajeitando novamente aos travesseiros.

- Sou sua noiva, lembra? - ela se aninhou em seu peito sentindo o calor do seu corpo.

- Noiva. Não esposa! Não pode dormir comigo ainda!- deixou a mão direita repousar em seus cabelos. Estava cansado demais para começar o dia com uma nova briga.

- Foi o Roger. Ele disse que ...

- Fala sério, Rebeca! Não fique culpando os outros!

- Ele mandou. Não estou culpando ninguém!- espiou o seu rosto abatido pelo desgaste do pesadelo.

- Ok. Então, fica quietinha, certo?- deixou as palavras escaparem sem vontade. Precisava pensar nos próximos passos que decidiriam sua vida.

- Você gosta dela? Tanto assim pra ficar de pirraça com seu irmão?- a garota era uma diabinha e fazia círculos com a unha no seu peito sobre a camisa do seu pijama.

- Não estou fazendo pirraça! Estou sendo forçado a fazer algo que não quero!- sentiu ela enlaçar a perna dela sobre a sua embaixo da coberta. - Rebeca, não vai rolar...

- Mas, você me prometeu que depois do casamento...

- Eu vou cumprir. Agora se atente a se controlar!- espiou o corpo dela por baixo da coberta para ver se ao menos estava vestida. E ficou feliz em ver ele coberto por uma camisola rosa.

Sequestrando o PlayboyOnde histórias criam vida. Descubra agora