CAPÍTULO 33
O grande dia…
Era a centésima vez que Samuel desfazia o nó da gravata em seu pescoço. De tudo que aquela ninfeta destruiu de raiva naquele quarto, o terno em questão poderia ser um deles. Mas, quando entrou para ter que se vestir ao seu encoleiramento, lá estava ele sobre a cama. Impecável!
- Que ódio!- mais um nó desfeito. Nem lembrava quando usou uma gravata pela última vez e deveria ter certeza que não tivera que fazer aquela porcaria de nó. - Entra! - resmungou quando escutou alguém bater na porta sem desviar a atenção do espelho.
- Nossa, perdeu a guerra para uma gravata de novo?- Léo viu ele jogando o objeto que provoca tamanha raiva sobre a cama desistindo da tarefa.
- Não vou usar essa porra! Um judeo nem casa vestido assim!- protestou se mostrando para ele.
- Vem cá, eu te ajudo!- Léo juntou a gravata, passou o tecido em volta do seu pescoço e com rapidez fez o nó perfeito. - Viu? Nem é tão difícil! Vai ter que se acostumar com elas! Afinal, elas são constantes na vida de um político!
- Sério? Vou comprar todas com os nós prontos!- Samuel se olhou no espelho do roupeiro trincado pela ira da noiva sobre a noite anterior.
- O que aconteceu por aqui?- Leonardo observava a bagunça pelo quarto. As roupas jogadas sobre a cama, o abajur quebrado, o espelho e provavelmente ela achou algo cortante pelo quarto, já que, o papel de parede parcialmente destruído provava isso. - A Rebeca não gostou da noite?- não conteve a risada.
- Ela odiou! Disse que fui um idiota. Que a magoei profundamente.
- Bom, ela tinha que casar virgem, não? E a garota era um carrapato!- Léo se aproximou dele, o envolveu pela cintura e o trouxe a um beijo selado em seus lábios. - Não a culpo, você tá muito gostoso...
- Para com isso!- Sam pousou as mãos em seu peito e tentou afastá-lo.
- É verdade! Estou até com uma pontinha de ciúmes dela...
-Dela? Rebeca?- foi a vez de Samuel selar os seus lábios e se afastar dele.- Se tivesse que ter ciúmes de alguém, não seria dela, tenha certeza disso!
- Ainda está em tempo de mudar de ideia...
- Eu tenho opção de dizer não no altar, agora?- Samuel que se olhava no espelho voltou-se à ele com um sorriso de deboche em seu rosto.
- Você entendeu... - Léo se aproximou, o abraçou por trás com força trazendo seu corpo junto ao seu e quando Samuel sentiu o calor dele em sua pele, deitou o pescoço deixando-se beijar lentamente por Leonardo toda a sua extensão até chegar ao seu ouvido e ele sussurrar com a aquela voz rouca que sempre usava para seduzir - Na hora do tumulto, você pode fugir comigo! Por que ninguém vai achar que eu quero roubar o noivo!
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Sequestrando o Playboy
RomancePara ela... A vida era um eterno competir em quatro rodas. Sentir o motor do carro pulsar na mesma frequência do ritmo do seu coração. A adrenalina pulsando nas veias em cada segundo que antecede a largada, a emoção da vitória, o suspense do percu...