Capítulo 25 (traições)

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CAPÍTULO 25

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CAPÍTULO 25

TRAIÇÃO...

Enquanto caminhava a passos silenciosos e solitários, Eduardo se questionava se estava fazendo a coisa certa. Tinha um receio o remoendo por dentro a cada metro que se aproximava do portão do condomínio que parecia dizer que desse a volta e deixasse tudo o que planejou para trás. A mágoa não seria apagada com aquela atitude insana movida pelo ódio e o sentimento de vingança. Nem a humilhação. Samuel não era mais dele. Isto já era visto. Por que tomar essa atitude ridícula por qual optou? Seu coração agitado quase implorava que tivesse juízo, já que nada do que pretendia fazer apaziguava a sua situação com o ruivo.

Mas, a lembrança do sorriso de Leonardo cheio de deboche mostrando as marcas dos momentos de paixão dele e Sam sobre seu corpo povoando constantemente sua mente, despertaram um instinto vingativo. E ele clamava que fizesse algo por sua honra. Honra? O sorriso perverso em seu rosto dizia que já tinha deixado de preservá-la desde que conheceu aquele ruivo. Ele era um tormento em sua vida. Roubava seus pensamentos, povoava seus desejos e tirava a sua paz. No momento, tirou até o emprego e a vida "normal" e chata que tinha.

Talvez, nem a possibilidade de amizade entre os dois sobrevivesse depois daquele dia. Mas, ele tinha que saber, que não foi ideia sua entregá-lo ao irmão. Que não tinha ficado com o dinheiro e que nem cogitaram o proteger depois de tudo o que fez por eles. Respirou profundamente diante do interfone. Deu uma boa olhada em volta vendo se não tinha sido seguido. Foi quase uma missão impossível sair daquela casa sem ser visto. Levou o dedo sobre a tecla do número 34 e deixou-o em suspenso por alguns segundos. A incerteza o torturava de modo cruel. Depois de pressionar aquele botão, não teria mais volta.

- Seja o que Deus quiser...- Eduardo apertou e aguardou a voz perguntar quem era e o que queria.

O que queria? Um ruivo de olhos verdes que dê o mínimo de atenção à ele. Queria um romance. Queria que ele não se machucasse com quem estava se envolvendo. Queria um socorro. E pelo visto, queria ser odiado imensamente por algumas pessoas. Inspirou o ar com força tentando se encher de uma coragem que não tinha e foi logo falando quando finalmente a voz se fez presente...

- Preciso falar com o senhor Davi. Tenho informações importantes para lhe dar...- deixou a frase em suspenso esperando qualquer confirmação ou negativa.

- Seu nome e qual assunto?- a voz masculina era impaciente. Precisava de uma frase que a convencesse a abrir aquele portão.

- Eduardo... E tenho informações sobre a gata...- esperava que isso fosse convincente.

- Quem?- a voz deu uma risada do outro lado do aparelho.

- Eduardo - bufou. Eram surdos?- Sei onde está a Keyla...

Sequestrando o PlayboyOnde histórias criam vida. Descubra agora