Para ela...
A vida era um eterno competir em quatro rodas. Sentir o motor do carro pulsar na mesma frequência do ritmo do seu coração. A adrenalina pulsando nas veias em cada segundo que antecede a largada, a emoção da vitória, o suspense do percu...
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Capítulo 39
Reagrupamento…
Pelo caminho que percorreram até ali, perceberam que parecia ter dado tudo errado nos planos que tramaram. Não foi para o local destinado ao bi motor que Keyla e Samuel foram guiados pelo GPS, e ao chegar ao galpão que servia de base antes do plano ser executado, tiveram mais uma decepção em ver Léo e Rebeca ali presentes. Pelo menos dessa vez, não estavam em uma cela. Ivan os havia conduzido a uma sala e lá Yuri fazia companhia a Souza e o casal que foi sequestrado no meio do caminho.
— Sam! — Quando Rebeca o viu entrar na sala, foi logo se atirar em seus braços. Provavelmente queria um beijo em sua boca, mas ele desviou o rosto fazendo que tivesse que se contentar com sua bochecha.
— O que fazem aqui? — a loura revirou os olhos com repulsa sobre a ninfeta.
— Bom... como já era de esperar, não dá pra negociar com mercenários… — Léo levantou e se aproximou de Samuel que já tinha afastado Rebeca de si e o encarou com afinco. — Você está bem?
Os olhares trocados diziam muito bem o que desejavam, parecia ter um imã que queria unir as duas bocas num beijo de alívio por estarem juntos. Porém, Samuel só concordou com um aceno de cabeça. Léo mordeu o lábio inferior com uma certa malícia e já tencionava dizer algo, mas Keyla interviu ficando próxima dos dois.
— Ou você fica com ele... Ou você fica comigo e com seu filho! — passou por entre eles os afastando um do outro com violência e foi em direção ao banheiro sem esperar a resposta.
— Isso é jogo sujo, viu? — Léo gritou em sua direção despertando riso dos presentes.
— Eu vou ficar com ela... — Sam saiu ao encalço dela, mas o moreno o segurou pelo braço.
— Temos que conversar primeiro, depois você toma essa atitude...
— Eu não tenho nada pra conversar com você! — se soltou da pegada dele com violência.
— Vocês dois tem que conversar com outra pessoa… — Ivan pegou os dois pelos braços e os guiou a sua frente. — Depois discutem quem vai ficar com quem.
— E eu? — Rebeca perguntou apreensiva e não obteve resposta…
Ficar ali sozinha era assustador. Os olhares de Yuri sobre ela faziam calafrios de medo percorrer sua espinha. Sem alternativa, sentou novamente no sofá improvisado com lágrimas no olhar. Sabe o quanto vale no mercado negro. Não quer ser novamente como uma escrava.
— Não se preocupe, Rebeca. Nada de ruim vai acontecer com você. — Yuri resmungou por cima da tela do notebook.
As palavras não eram garantia de segurança em sua mente. O digitar dele e os sorrisos, parecia que já tratava de negócios a seu respeito. Abraçou seu corpo e mergulhou no silêncio. Quem sabe, se fosse uma boa garota, realmente nada de ruim aconteceria…