The happiness short-lived

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Lauren POV;

Assando bolinhos. Ariana estava de volta e podia levar Camila a qualquer minuto. Weckleniffe estava fazendo testes ilegais nos cérebros de pacientes e nós precisávamos desesperadamente de um plano de fuga; mas aqui estava eu e Camila, assando bolinhos. Eu estava ficando tão doente deste tipo de coisas, ir à terapeuta, ter estas sessões de grupo, e a minha última favorita, cozinhar. Era como se eles estivessem tentando incutir normalidade nas vidas estranhas e encontrar uma cura para as mentes incuráveis com atividades diárias. Mas eu estava quase certa que isso não ajudava.

Além disso, metade de nós estava algemado, por isso, tudo o que nós fazíamos não saía muito bem e os pacientes não estavam sequer autorizados a estar perto dos fornos. Não era sempre a cozinha, graças a Deus. Às vezes eram artes, pinturas ou algo igualmente estúpido. Eu, juntamente com alguns, não participávamos muito nessas atividades. Eu, principalmente, acabava por encontrar um lugar para me sentar e fumar enquanto esperava que isso acabasse.

E foi isso que eu fiz desta vez. Agarrei numa cadeira de plástico de uma mesa pequena no canto da cozinha e me sentei com o cigarro já aceso na minha mão. Inalei a nicotina para os meus pulmões e deixei sair, soprando anéis de fumo pelo ar. Uma assistente, uma mulher com o cabelo escuro com cerca de 40 anos, observava os pacientes e ajudava-os enquanto alguns guardas esperavam lá foram, prontos para invadirem ser fosse necessário. Era apenas eu, ela e os pacientes. Eu pegava partes de conversas uma vez ou outra, capaz de distinguir os bocados de merdas que eles diziam. Eu nunca participava nesta conversa, ficava apenas vendo que estas pessoas eram todas doidas, mas era interessante ouvi-las. Para ouvir como falavam as pessoas e para perceber o que estava dizendo. Era como se o que elas dissessem te pudesse dar algum visão das suas vidas. Como uma mulher que eu acho que se chamava Cordelia, com selvagens olhos cinzentos e cabelo cor de palha. Ela era muito mais velha do que eu, provavelmente nos seus 30 anos.

Quando ela falava a sua voz era silenciosa. Talvez um empregado ou um paciente diga alguma palavra alta demais ou faça algum movimento forte demais e ela saia de perto deles. Ou talvez ela fosse olhar para eles cautelosamente, com olhos vigilantes. Apenas pela forma de como ela falava nervosa e dificilmente dizia alguma coisa. Ela não parecia perigosa mas sim o oposto. Ela parecia assustada. Ela tinha sido provavelmente machucada, quer dizer, machucada mesmo, antes de vir para Weckleniffe. Mas também deve ter machucado alguém, por isso ganhou seu ingresso para o inferno. Ela fez algo mau e louco se estava aqui, neste local. Ou pelo menos, era isso que eu achava por ouvir a sua conversa naquele trêmulo e preocupado tom.

Mas o que definia realmente a loucura? Era uma coisa da sua cabeça ou da cabeça da pessoa que te julgou? Porque todos nós, não importa quem fosse, podia ficar louco às vezes. Há vezes em que nós sabemos muito pouco ou demais. O desconhecido podia ser um local assustador, mas o conhecido pode ser ainda mais assustador.

E era isso que um psicopata era, pelo menso para mim. Alguém que sabia pouco. As suas emoções tinham sido drenadas e os seus pensamentos se tornaram loucos. Eles se perderam, continuavam conscientes e capazes de terríveis coisas, mas estavam perdidos. Eles não tinham razões ou emoções dos seus crimes, apenas um ligeiro disparo ou um fantasma de um sentimento para os ligar. Eles podiam distinguir o certo do errado, mas a falta de sentimentos os deixava inconscientes. Eles eram psicopatas porque eram violentos sem razão e detestáveis sem explicação.

Mas esse é outro final. Estes que sabiam demais. Estes que eram conscientes demais das coisas à sua volta; que eram conscientes da maioria das coisas. Eles permitiam estas coisas dentro da sua mente e por vezes isso podia come-los vivos, mas outras podia ajudá-los. Eles não sentiam emoções ou empatias mas ouviam. Eles percebiam como imitar o que os outros sentiam. Eles mentiam, manipulavam, e tornavam as coisas para você nunca perceber as suas verdadeiras intenções.

WeckleniffeOnde histórias criam vida. Descubra agora