Losing my mind

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Sra. Jude POV;

Eu tinha experienciado muitas dificuldades durante a minha vida, algumas mais complicadas do que as outras. Nada como perder um cachorrinho aos oito para ser roubado e morto aos dezenove. Mas nada, nada era pior do que o sentimento que eu sentia vendo a minha única filha jogada no chão golpeada e ferida, quase irreconhecível, numa poça do seu próprio sangue. Eu pedi para Rosemary levá-la rapidamente para o hospital, mas eu tinha de a ver agora. Enquanto tentava bloquear o pânico e as perguntas se ela estava viva ou não, para assegurar que nada como isto jamais voltaria a acontecer. Eu tinha que me livrar de qualquer mal que pudesse contrariar a ordem e a manutenção de Weckleniffe. Parecia que a partir de agora eu tinha de executar este lugar como se fosse uma prisão em vez de um hospital mental; eles eram criminosos, acima de tudo.

Mas, por uma vez, isto não era sobre Weckleniffe. Isto era sobre a minha garota. A minha linda e problemática bebê. Ela tinha 21 anos, para a sua idade era muito esperta, e apesar de tudo eu tinha orgulho dela. E esse monstro nomeado de Lauren tinha-lhe batido até quase da morte. Era óbvio que eu tinha de fazer alguma coisa. Algo que tirasse ela e a sua pequena namorada do meu caminho por uns tempos, algo que eu pudesse felizmente pará-las de tentarem fazer tudo o que quer que estivessem tentando. Eu acho que a terapia de choques foi perfeita. Eu podia me lembrar do glorioso momento quando o choque e a dor percorreram os olhos de Lauren, quando a Camila gritou e chorou do outro lado da porta. Esse momento me deu forças, me lembrou que não importa o que acontecesse, eu estava no controle. Elas eram simples peças do jogo.

E eu gostaria de dizer que Lauren mereceu. Eu gostaria de pensar que ela tinha matado aquelas mulheres, mas no fundo e embora eu raramente admita, eu sabia que não era o caso. A Ariana foi sempre estranha, e eu sempre a cobri e menti por ela enquanto ela fazia aquelas atividades. Ela nunca me explicou o que aquelas "atividades" eram, mas de alguma maneira subjacente à negação, eu sabia que era verdade. Mas eu tinha essa intuição e tranquei o pensamento, sobrepus isso com a completa confiança de que a minha filha era uma boa criança. Eu me recusei a acreditar que o que eu sabia era a verdade por amor a minha filha e a mim mesma.

Um leve barulho, uma agitação vinda da cama do hospital substituiu os meus pensamentos. A cama estava numa parede longe, e a pequena secretária na outra. Havia um armário cheio de medicamentos à esquerda, bem como uma IV. A Ariana estava deitada sobre umas folhas brancas à minha frente, enquanto eu estava sentada numa cadeira de plástico. Ela tinha uma braçadeira ao longo do seu pescoço, uma ligadura ao longo do seu nariz, um saco de gelo agarrado à sua cabeça que tinha de ser mudado regularmente, um rasgão no lábio, e o olho cruelmente inchado. Haviam também outras ligaduras na sua pele e medicamentos para aliviar as dores na sua corrente sanguínea, mas ela parecia estar consciente.

— Ariana. — Eu chamei. A sua cabeça embalou para o lado enquanto ela zumbia em confirmação. — Consegue me ouvir?

— Sim. — Resmungou.

— Ariana, o que você fez ontem foi completamente desnecessário. Como consegue ser tão estúpida? — Ela não parecia surpresa ou curiosa sobre o que eu estava dizendo.

— Eu sei... — Ela sussurrou, mas depois parou para inalar um pouco de ar. — Eu sabia o que você faria.

Desta vez eu sabia exatamente o que ela queria dizer. Ela queria que a Lauren lhe batesse para poder ser punida. Eu não estava muito certa da razão, embora não quisesse perguntar.

— Escuta Ariana, eu estou quase tão feliz por castigar a Lauren quanto você, mas o que quer que esteja planejando, não deve prejudicar os pacientes. Não se envolva mais a minha instituição nas suas atividades. É muito arriscado e eu apenas mantenho isto como está. — Ela assentiu, embora eu não estivesse certa de que ela tivesse me ouvido. — Estou falando sério. Não arruíne isto, por mim.

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