Pantry

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Lauren POV;

– Para, huh... para te dar isso. – Eu disse. 

Tirei o pequeno pedaço de papel do meu bolso, aquele que tinha cuidadosamente cortado. Ofereci para Camila gentilmente, uma folha recortada numa forma que era suposto ser um coração. Depois de um minuto de silêncio para admirar a beleza do meu trabalho, Camila riu e eu sorri. Depois, joguei o pedaço de papel para o lado, para ter o que realmente queria. 

Até mesmo quando eu juntei os meus lábios ao de Camila, nós continuávamos sorrindo no beijo. As suas mãos deslizaram para o meu cabelo imediatamente e as minhas agarraram as suas ancas. O beijo não era doce e delicado, era esfomeado e profundo. Os nossos sorrisos desapareceram quando eu pressionei o meu corpo fortemente contra o dela. Invadi a sua boca com minha língua e percebi que o beijo de Camila tinha muito mais prática. Muito mais. As minhas mãos foram para o seu seio automaticamente, apertando os seus incríveis e cheios seios enquanto ela deixava escapar um suave gemido.

Os meus lábios moveram-se até o seu pescoço, o meu lugar favorito. Quanto mais eu a sugava e beijava lentamente a sua pele, mais reação obtinha dela. Deslizei os meus lábios de forma descuidada para baixo, procurando a base do seu pescoço. Ali ela sentia bastante prazer, eu podia dizer isso pela maneira que ela agarrou o meu cabelo com força e eu respirei um pouco pesadamente.

Suguei a sua pele, os meus lábios pressionaram o local e ela empurrou minha cabeça para mais perto. O seu peito subiu nitidamente senti-o quando estava pressionando contra o meu, um som entre o suspiro e o gemido saía da sua boca. Era o som mais sexy que eu já tinha ouvido, me arrancava gemidos também.

Eu tinha a desejado o dia todo. Eu precisava lhe tocar e também precisava que ela me tocasse. Eu fazia abdominais, flexões, e qualquer coisa para acalmar minha frustração. Mas agora não ia adiantar. Eu amava a Camila e ela me amava e ambas precisávamos desesperadamente sair de Weckleniffe, nem que fosse por apenas uns segundos. Precisava das suas mãos em mim. E eu também queria lhe dar prazer e fazê-la sentir um prazer maravilhoso.

Mas esse não era o lugar certo para fazer isso. Não numa instituição mental, numa despensa onde eu não podia comê-la com calma. Não era a primeira vez que ela gostaria de ter.

Mas até sairmos de Weckleniffe, haviam outras coisas que podíamos tentar.

Envolvi minhas mãos à volta das suas coxas, levantando-a e colocando-a à volta da minha cintura. Empurrei-a contra a parede para suportar e comecei a roçar minhas ancas contra as dela. A sua cabeça caiu cansada contra a parede, expondo o seu pescoço. Saboreei o efeito que tinha sobre ela. Pressionei os meus lábios no seu pescoço, balançando as minhas ancas contra seu corpo, cravando os meus dedos nas suas coxas. Eu precisava lhe tocar o máximo que podia. E mesmo assim, continuava não sendo o suficiente.

– Eu só consigo pensar no que vou fazer contigo quando sairmos daqui. – Sussurrei na sua orelha. – Eu vou te foder. Muito gostoso. – Os meus lábios foram até à sua clavícula e eu beijei a sua extensão. – Eu vou fazer você gritar o meu nome, amor. 

Comecei a mover minha cintura mais fortemente contra ela, enquanto ela se arquejava e gemia, puxando o meu cabelo o tempo todo.

– Mas prometo que vou devagar. – Continuei falando, abrandando os meus movimentos para corresponder às minhas palavras. Provocando-a. – Eu irei ser gentil quando transar contigo pela primeira vez.

Eu queria fazer de tudo para garantir que a sua primeira vez fosse confortável e calma para ela não se machucar.

Beijei os seus suaves lábios e as suas mãos seguraram o meu rosto enquanto ela me beijava de volta. Desta vez era terno, doce.

Nós fomos infelizmente interrompidas por uma batida na porta fechada.

– Camila, encontrou? – A voz abafada da funcionária soou.

– Huh... Sim, e-eu apenas... S-Sim... Eu... Huh... Já vou. – Camila respondeu, nervosa e ligeiramente sem ar.

– Merda. – Grunhi em desaprovação. 

Pousei Camila no chão cuidadosamente, mas ela continuava agarrada ao meu corpo.

– Se eu te soltar vou cair no chão. – Ela riu ligeiramente, uma sombra vermelha apareceu no seu rosto.

Eu sorri enquanto olhava para ela, lambendo os meus lábios apenas para aprofundar a cor das suas bochechas. Camila agarrou uma caixa de marcadores da prateleira e começou a sair. Mas antes, eu bati levemente na sua bunda com minha mão livre e ela sorriu fazendo um pequeno barulho.

– Isso ainda não acabou. – Eu disse.

– Promete? – Ela desafiou, olhando para mim com olhos inocentes.

Minha boca desceu mais uma vez e eu mordi sua orelha, outro dos meus locais favoritos.

– Prometo. – Sussurrei enquanto ela ria.

Um pequeno sorriso apareceu no meu rosto enquanto nós saíamos lentamente, não querendo chamar muita atenção para o fato de termos estado juntas na despensa por muito tempo. Nenhum dos empregados iria se importar agora que somos apenas pacientes loucas, mas nós continuávamos não querendo atrair nenhum tipo de suspeita. A funcionária estava na mesa a uns poucos metros de distância, e ela começou a tirar alegremente os marcadores das mãos de Camila.

– Obrigada. – Disse ela.

Ela olhou rapidamente para os braços de Camila que estavam agarrados nos meus braços, mas não ligou. Também não ligou para nossos cabelos bagunçados, nossos rostos corados, e nossos inchados lábios. Se ligou, não disse nada.

Camila POV;

Eu queria a Lauren tanto quanto ela me queria, talvez até mais. Na despensa ela tinha me derretido nas suas mãos e apenas uns minutos depois eu mal conseguia andar sem o medo dos meus joelhos falharem. Eu queria mais dela, queria que ela fizesse todas as coisas que tinha prometido. Mas nós não podíamos fazer em Weckleniffe. Além do fato de sermos pegas, não era aqui que eu queria perder minha virgindade.

Todos estes pensamentos rodavam na minha mente enquanto estava ao lado de Lauren. Ela estava focada, trabalhando na sua monstruosa obra de arte. Há uns minutos atrás ela estava tão dominante e sensual, e agora ela estava adorável, jogando purpurina rosa na sua pintura.

Usando um marcador preto, eu estava ocupada desenhando um retrato dela. Eu desenhei as suas sobrancelhas grossas e seu sorriso grande. Tentei capturar a beleza dos seus olhos e as suas delicadas feições. Mas logo percebi que nenhum artista podia fazer isso.

– Lauren. – O guarda de Lauren chamou, dirigindo-se à mesa que compartilhávamos. 

– O que foi? – Lauren perguntou grossa.

– É hora de fazer tua revisão na enfermaria.

– Mas eu ainda não acabei aqui. – Era cômico ver Lauren tão seria e irritada com o guarda, tudo com um tubo de purpurina na mão.

– Desculpe Lauren, mas ela precisa te ver.

Lauren revirou os olhos mas levantou-se.

– Ok, tudo bem. Tchau Camila. – Ela me disse.

Um rápido beijo na bochecha ou na testa pareceria inapropriado no momento. Por isso, em vez disso, Lauren apenas sorriu para mim enquanto eu sorri de volta. Observei o seu corpo e os seus ombros se mexerem enquanto ela andava, até passar pela porta e sair. Eu estava me divertindo muito fazendo meus desenhos. Mas a diversão logo acabou.

Lauren tinha ido embora. Agora eu estava sozinha. E enquanto nós estávamos na despensa, um aparente paciente entrou na divisão. Eu tinha dito a mim mesma para me manter calma, para agir como uma paciente qualquer. O Norman não devia se lembrar de mim. Mas logo ele notou o lugar vazio ao meu lado e se levantou da sua cadeira. Assim que ele caminhou até mim, ficar calma tinha se tornado uma tarefa impossível.

...

OIE. Me desculpem pelo sumiço, mas ainda estou sem computador. :( Comprei um pela internet e ele irá chegar em Agosto, então aguentem um pouquinho mais, não me deixem. :(

Amo vocês muito.

WeckleniffeOnde histórias criam vida. Descubra agora