Julie Molina, produtora de uma gravadora muito influente em New York foi obrigada a deixar o trabalho para tirar férias, já que desde que se formou na escola, se dedicou 100% ao trabalho. Mesmo com suas relutância e argumentos totalmente ignorados...
Nota inicial: O CAPÍTULO CONTÉM MÍDIAS QUE AJUDAM NO ENTENDIMENTO DA HISTÓRIA E COMPLEMENTAM A NARRATIVA. INTERESSADOS SÓ DAR UM OI QUE EU MANDO O LINK.
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REGGIE
Eu havia acabado de deixar alguns hóspedes no terceiro andar quando notei que era meu horário de intervalo. Ok, eu tenho vinte minutos. Desviei o caminho do lobby onde eu sempre fico conversando com a Carrie ou com o Alex quando ele está por aqui, exceto ás terças, estava na hora.
Fui quase correndo para o pré-salão do hotel e conforme eu me aproximava, tinha mais certeza de que estava indo no lugar certo. A música clássica ficava mais alta conforme eu me aproximava de uma pilastra que tinha uma visão incrível do palco, e lá estava ela. A mulher desligou o som suspirando.
— Mais uma vez. Foco. Você não está focada, Carolynn! — A mulher dizia com um tom de voz sério e intimidador. — Desculpe... — Ela suspirou pesado e fechou os olhos e a música ecoou novamente pelo lugar enquanto a Carolynn dançava lindamente no palco.
De todas as vezes que eu me escondi para observar enquanto ela ensaiava (porque era o mais perto de uma apresentação dela que eu vou estar) ela nunca esteve tão... Perdida? Pouco antes do som parar novamente, ela deu um salto e caiu, e foi o estopim para a mulher começar a falar de novo que ela não estava focada o suficiente. O que aconteceu? Por que ela está tão desconcentrada? Será que a Carrie sabe? Elas são amigas não são? Meus vários pensamentos me impediram de ouvir o que elas estavam falando, mas fui rápido em me esconder quando ela olhou na direção onde eu estava. Ela sabe que eu estou aqui? Puta merda, ela sabe? A música começou de novo e ela voltou a dançar, dessa vez com mais calma e leveza, ainda mais linda que na última tentativa, a verdade é que mesmo errando, ela estava perfeita. Ela é perfeita!
— Ela está linda não está? — Perfeita! — Exclamei sem desviar minha atenção dela até me dar conta do que aconteceu. Essa voz... Puta que pariu, to fudido. Quando consegui raciocinar, me assustei dando um passo para atrás esbarrando em alguma coisa. — Não... Digo... Quer dizer... — Gaguejei. Caralho, socorro. — Oi, Sr. Covington... — Fique calmo, Reginald. — Ele sorriu tocando o meu ombro. — Eu só estava passando e... — Resolveu dar uma olhada? — Arqueou uma sobrancelha sugestiva e eu concordei com a cabeça olhando entre as pilastras. — Eu já vou voltar para o meu trabalho, Sr. — Fiz menção em me afastar, mas ele ainda estava segurando o meu ombro. Ele vai me matar? — Até onde eu sei, está em horário de pausa, não? — Sorriu olhando as horas no relógio, com cuidado para não virar o copo com alguma bebida dentro que não sei ao certo qual é, mas parece whisky. — Eu não... — Tentei achar alguma palavra para completar a frase, mas não conseguia pensar em nenhuma. Eu estava extremamente nervoso. — Ela tem uma apresentação aqui na sexta. — Deu um gole na bebida me puxando para mais perto passando o braço em volta do meu pescoço, não estávamos mais atrás da pilastra. — Tenho certeza que ela ficará feliz se vier assistir. — Sexta é minha folga. — Sussurrei mais pra mim do que pra ele. — Eu sei! — Sorriu. — Mais um motivo para você vir. — Eu não... — Fiz uma pausa. Puta merda, o que eu faço? — Pense nisso com calma, você tem até sexta para decidir. Tenho certeza que sabe o horário que começa. — Sorriu dando leves tapas no meu ombro antes de se afastar e sair.
