Julie Molina, produtora de uma gravadora muito influente em New York foi obrigada a deixar o trabalho para tirar férias, já que desde que se formou na escola, se dedicou 100% ao trabalho. Mesmo com suas relutância e argumentos totalmente ignorados...
Nota inicial: O CAPÍTULO CONTÉM MÍDIAS QUE AJUDAM NO ENTENDIMENTO DA HISTÓRIA E COMPLEMENTAM A NARRATIVA. INTERESSADOS SÓ DAR UM OI QUE EU MANDO O LINK. Lembrando que é uma super maratona, então até sexta (24.12) terão capítulo todos os dias!
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Se meu coração estava acelerado antes, agora ele estava a milhão. Encarei a Julie sem entender o que estava acontecendo.
Eu esqueci alguma coisa?
— Quanto tempo eu dormi!? — Questionei surpreso, tão confuso quanto a enfermeira que me encarou arqueando uma sobrancelha. — É, amor, — Julie voltou para o meu lado pegando minha mão e seus olhos estavam suplicantes. — eu aceitei o seu pedido! É que ele mandou uma cesta de manhã cheia de girassóis com o pedido, ele sabe que eu amo girassóis, mas quando liguei para falar com ele, descobri que estava aqui no hospital. — Ela respondeu encarando a enfermeira enquanto apertava mais a minha mão. — Foi linda a surpresa, amor! — Ela me olhou ameaçadoramente. Amor?
Vamos tentar ligar os pontos: Julie está aqui, cesta, pedido, noiva, Julie está aqui; não está fechando essa conta! Abri a boca para questiona-la, mas ela me olhou suplicante e mexeu os lábios devagar formando a frase “depois te explico” e voltou a sorrir para a enfermeira que para a nossa sorte, estava distraída verificando os aparelhos e as agulhas no meu braço.
Agulhas? Tem agulhas no meu braço? Ok, calma... Se concentra em continuar respirando.
— Julie? — A enfermeira perguntou encarando a Julie que a olhou confusa mas acenou concordando. — Ah, então está explicado porque ele estava chamando seu nome enquanto dormia, estava ansioso para saber a resposta do pedido! Adoro ver um jovem casal apaixonado. — Comentou a enfermeira que pelo crachá se chama Liz. — A Dra. Anna já virá com os resultados dos seus exames. — Sorriu e fez o caminho de volta saindo do quarto.
Comecei a sentir meu rosto quente. Com certeza estou 50 tons de vermelho. Mas não consigo desviar o olhar dela, esperando que me olhasse para enfim ter a resposta da pergunta que estava martelando na minha mente, mas Julie estava com um leve sorriso no rosto e ainda encarava a porta por onde a enfermeira saiu segundos atrás, provavelmente esperando que alguém entrasse. Não consegui mais esperar e cocei a garganta chamando a sua atenção com um pigarro.
— Eu acho que agora já é depois, né. — Comentei a incentivando a continuar, ainda ignorando o monitor cardíaco que denunciava o meu nervosismo pela resposta e meu rosto que com certeza continuava vermelho.
Ela desviou os olhos encarando o chão e começou a andar de um lado para o outro passando as mãos na barra do vestido visivelmente nervosa.
Hum, então ela também está nervosa?
Não é o vestido que eu tinha escolhido pra ela aquele dia na loja?
— Então — Ela começou baixinho. — quando o Willie foi entregar o nosso pedido e não era você, ficamos preocupadas. Então ele falou que você estava no hospital e viemos correndo pra cá, mas a recepcionista não queria falar qual era o número do seu quarto, poxa, custava falar o número!? Não ia matar ninguém! — Agora ela andava mais rápido e gesticulava enquanto contava, era engraçado vê-la irritada. — Ai ela não parava de repetir “qual é o parentesco com o paciente!?” — Imitou uma voz genérica muito engraçada por sinal, me fazendo dar uma leve risada nasal e um gemido de dor com o movimento do meu abdômen. — e não daria pra eu falar que era sua irmã porque obviamente ela não ia acreditar e com certeza ia pedir o meu documento, namorada nem é parente, então ela também não deixaria passar, aí falei a primeira coisa que me veio a mente e ela me contou o número!! — Ela suspirou e voltou a me encarar agora com ar divertido. — Pelo menos ela não pediu pra ver a aliança. — Sorriu fraco. — Eu só queria saber se você estava bem. — Suspirou.