Capítulo 14.2

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REGGIE

O resto do almoço seguiu tranquilo, parte de mim ainda estava surpresa com a minha aproximação com a Carolynn, mas a outra estava confusa. Por que o Luke respondeu só ela? Será que ele gosta dela? E será que ela gosta dele? E a Julie, ele não gosta da Julie? Que porra, será que já rolou algo entre eles? Enquanto estávamos em Honolulu eu via sempre ele postando fotos com ela, eles sempre saindo juntos, os dois são muito próximos. Eles já ficaram, tenho certeza! 

— Reggie? — A voz da Carrie soou mais alta enquanto ela batia no meu braço me tirando do meu transe. — Que porra você esta fazendo? — Murmurou entre os dentes. — Tem hóspedes te esperando criatura!

Tem o que no que?

Pisquei algumas vezes tentando entender o que ela disse. Caralho, eu ainda tô no trabalho!

— Desculpa, Carrie, eu estava pensando em algumas coisas! — Cocei a nuca sem graça.
— Poderia pensar enquanto leva as bagagens dos hóspedes para a villa? — Ironizou me dando a chave.

A villa? Aonde a Carol mora?!

— Claro! — Sorri fraco. Peguei a chave fingindo naturalidade e caminhei em direção aos recém chegados. — Perdão pelo atraso. — Sorri colocando as malas no carrinho.

Foi um carrinho desses que quase a atropelou...

— Imagina, estávamos aproveitando a vista. — O rapaz sorriu simpático.

É uma família bonita. O casal é jovem e com duas crianças, gêmeos, um casal, aparentam ter no máximo cinco anos cada. Saudades Lilo e Bela. Eu estava entretido com a conversa com os dois, estavam falando sobre desenhos enquanto eu empurrava o carrinho com eles em cima. De longe, uma das melhores voltas pelo hotel.

— Tem filhos? — A moça perguntou enquanto eu abria o portãozinho que cercava a villa. — Você entende bem as crianças. — Sorriu.
— Filhos? Não. — Sorri fraco destrancando a porta. — Eu tenho duas irmãs, gêmeas também! Faz tempo que não as vejo.
— Elas estão muito longe? — O rapaz perguntou enquanto as crianças exploravam a casa correndo.
— Na verdade, não. Meus pais moram em Honolulu, tipo, quase 2h de distância daqui. Mas a rotina torna quase impossível estar indo lá sempre! — Sinto falta dos meus pais.
— E você veio sozinho? — Ela perguntou enquanto eu mostrava a casa e testava para garantir que tudo estava funcionando bem.
— Não, eu vim com a Carrie, recepcionista que atendeu vocês, um amigo, o Alex, vocês provavelmente vão conhecê-lo na quarta, — Sorri. — e meu irmão, Luke, ele veio primeiro. Viemos dois meses depois! — Expliquei testando a última tomada. — Está tudo funcionando perfeitamente. Qualquer coisa é só interfonar para a recepção que nós mandamos um técnico. Mas raramente é necessário. Tenham uma boa estadia e bem vindos ao Fairmont! — Sorri abertamente.
— Obrigado! — O rapaz sorriu me acompanhando até o lado de fora enquanto as crianças davam “tchauzinho” pra mim e assim me afastei seguindo meu caminho de volta.

O Luke é meu irmão... Se ele gostasse da Carolynn ele me falaria, certo? A não ser que ele gostava dela, e o fato de eu chegar e ficar extremamente encantado por ela, tenha feito ele desistir. Não seria a primeira vez que fazemos isso de gostar da mesma garota, é algo meio inconsciente, mas quando aconteceu éramos dois adolescentes. Ela preferiu ele e eu segui minha vida. Nunca foi uma competição, mas ele cogitou tirar o time de campo pra eu ficar com ela. Pode ter acontecido de novo? Eu saberia se ele gostasse da Carolynn, mas e se ela gostasse dele?

Amor Por Entrega •Au Juke• (voltou)Onde histórias criam vida. Descubra agora