Capítulo 50

477 43 8
                                    

Sério... Preciso parar de ver série kkkkkk

--------------------------------------------------------------------------------------------------

Fiquei a bordo de um navio de resgate já era meu terceiro dia lá. Fui dar mais uma busca pelo oceano num caça e tinha um avião vindo na mesma direção que eu. Tentei fazer contato e não consegui. Não me respondiam. 

Eu: Alguém na escuta?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu: Alguém na escuta?

Russell: Tenente Russell.

Eu: Tenta contato com a aeronave a frente. Estamos na mesma altura e na mesma direção. Vou subir mais um pouco.

Russell: Ok... – ela tentou. – Tenente Smith, não respondem... Ai meu Deus...

Eu: O que foi?

Russell: Tem um míssil teleguiado indo na sua direção. É um avião tripulado com míssil teleguiado. É antigo, pode abatê-lo.

Eu: Merda... – sai rapidamente e com outro míssil explodi aquele. – Desgraçado. Base na escuta? – alguém me respondeu.

General: Tenente Smith?

Eu: General, tentaram me atingir... – expliquei minha posição e o que houve.

General: Não fazem contato e tentaram te atingir, só podem ser terroristas. Permissão para atacar.

Eu: Ok... Russell?

Russell: Sim.

Eu: Permissão para atacar.

Russell: Ok – fomos para lados distintos. – Preparado em 10 segundos.

Eu: 10 segundos... – apertamos o botão e o avião explodiu no ar. Eles podiam mandar míssil, mas não tinham poder de destruir o nosso. Eram aviões carregados antigos. – General?

General: Sim?

Eu: Alvo eliminado.

General: Bom trabalho tenente.

Russell: Smith?

Eu: Oi?

Russell: Fumaça, na montanha a algumas milhas...

Eu: Vamos... – fomos até lá. – Consegue ver alguma coisa?

Russell: Sim... É o ultimo avião. – falou com a voz embargada – Sem chance de sobreviventes. Vou comunicar a base. – sobrevoei o local, e parecia confete o avião, não dava pra ver nem de qual companhia era, mas sabíamos que era da American Airlines o último desaparecido. Voltamos para o porta aviões da marinha que estava ajudando nos resgates dos corpos e destroços. Fui para a minha cabine e vomitei muito. Eu não matava ninguém desde que fui atacada quando meu helicóptero caiu. E eu não faço ideia de quantas pessoas tinham ali, mas tentaram me matar. Eu só pensei nas minhas filhas em como elas ficariam sem mim. Eu chorei muito, como não chorava desde a perda do meu filho. Eu estava exausta. Já estávamos nisso a nove dias quase sem descanso. Eu estava no mar há 4 dias, não falava com a Priscilla desde que fui para o mar. Corpos não paravam de chegar.

Eu queria sair dali, estava sufocada naquela cabine. Passei mais 3 dias ali sem qualquer contato com a minha mulher ou as minhas filhas. Fui dispensada, para ajudar no transporte de vítimas para o hospital, das vítimas dos aviões que partiram de Chicago e foram parar no Afeganistão. Tinha muita gente machucada. Fui de caça até Chicago e peguei o helicóptero. Passei o resto da tarde e início da noite transportando pessoas, vendo pessoas morrerem por causa de ferimentos graves. A cidade já tinha saído do toque de recolher durante o dia, mas todos deveriam estar em suas casas a partir das 19 horas por medidas de segurança. Eu estava exausta, estressada, e em minha mente só passava aquele míssil vindo em minha direção e depois o meu míssil explodindo aquele avião. Cheguei no meu quarto no alojamento a mala da Priscilla não estava mais lá. Tinham roupas limpas pra mim de casa, um bilhete dela, foto das meninas e desenhos delas. Eu comecei a chorar quando vi. Peguei meu celular liguei ele e tinha um vídeo delas.

Fala oi pra mamãe fala que está com saudade filha – a Pri falava mostrando a Sophie que brincava com bloquinhos no tapete – Mamãe dadi tetê... – Sem vergonha você está com saudade do tetê só né – a Priscilla ria no fundo – Melzinha fala oi pra mamãe. – a Mel olhou pra tela – Hi mommy... i miss you... – mandou um beijo. A Pri virou a câmera pra ela – Estamos falando só inglês agora mamãe – suspirou – Saudade meu amor, espero que esteja bem. Eu já voltei pra casa durmo em casa todas as noites, mas passo o dia todo na base. Não consegui fazer contato com você, mas sei que está viva porque o general me dá noticias que falou com você. Eu te amo. – encerrou o vídeo.

Eu gravei um vídeo pra elas...

Oi meus amores, a mamãe está morrendo de saudade de vocês. Estão se comportando né? Melzinha está papando direitinho? A mamãe te ama muito filhinha, estou morrendo de saudade de você. Sosô que saudade pipoquinha, a mamãe está morrendo de saudade e doida pra te dar tetê. Assim que a mamãe puder, vai pra casa ver vocês tá? Eu te amo minha princesinha. A mamãe amou os desenhos de vocês, estão aqui na parede. A mamãe ama vocês... Eu te amo amor, se cuida a gente se vê – mandei um beijo pra ela e encerrei o vídeo e o enviei.

Fui tomar um banho, lavei meu cabelo coloquei uma roupa confortável e fui comer. Era muito tarde já, poucas pessoas estavam ali se alimentando. Uma delas era o general. Estava cansado, com roupas informais. Me servi, peguei um refrigerante e me sentei com ele. 

NATIESE EM: NO AMOR E NA GUERRAOnde histórias criam vida. Descubra agora