NATIESE EM: NO AMOR E NA GUERRA

Capítulo 48

Fui para um quarto reservado onde tinham duas camas, eu e a Priscilla ficaríamos lá. Nossas malas estavam lá. Abri o frigobar peguei um refrigerante e tomei. – Preciso tirar leite – passei a mão nos seios. Doía demais. Peguei a bombinha pra tirar, era um pecado jogar fora, mas não tinha escolha. Logo a Pri abriu a porta.

Pri: Uau, que sexy...

Eu: Tarada – ri. – Preciso tirar leite estou morrendo de dor.

Pri: Me dá a outra que eu te ajudo – ela me ajudou do outro lado. – Surreal tudo isso não é?

Eu: Sim. Mas estou aliviada de saber que não tem a menor possibilidade de nós duas irmos para o Afeganistão.

Pri: Sim o general falou comigo. Mas você ainda vai voar e isso me preocupa. E se o Talibã tiver um navio ou um avião com misseis prontos para te abater? – eu a encarei um pouco chocada.

Eu: Amor... O Talibã é um grupo extremista perigoso, e não tem um navio e nem força bélica para iniciar uma guerra com os Estados Unidos. No máximo ataques terroristas mesmo. Pelo amor de Deus, você é da Inteligência de que jeito? Tá burra é? – demos risada. – Eu vou pilotar aeronaves blindadas amor, não se preocupe.

Pri: Você é a melhor – me beijou.

Eu: É eu sou – falei convencida. Terminamos de tirar o leite, joguei fora e me vesti.

Pri: Temos 3 horas pra dormir.

Eu: Vamos aproveitar então... Por que esses dias serão longos.

Pri: Sim... – dormimos por 3 horas fizemos nossa higiene, fomos tomar um café da manhã reforçado na cantina, tivemos uma reunião e ainda eram 3:30 da manhã.

General: Tivemos notícias...Seis aeronaves caíram no oceano, mais duas chegaram no Afeganistão, mas fizeram pouso forçado e acabaram pegando fogo. Poucos sobreviventes. Forças armadas americanas já estão cuidando do resgate no Afeganistão,  dos aviões que pousaram no aeroporto de lá. Soldados estão chegando lá para reforço... Confrontos serão iniciados por lá para expulsá-los de vez de lá. Não sabemos como conseguiram fazer isso já que o líder deles está preso. O pentágono está reunindo notícias uma das aeronaves ainda não temos o paradeiro. As vítimas do sequestro que pousaram no aeroporto já estão sendo retiradas aos poucos e aguardando transporte para voltarem aos Estados Unidos. Vinte e nove extremistas talibãs foram mortos. Acho que o plano deles de conseguirem poder falhou. Embora tenhamos perdido tantos civis, eles são em menores números e não podem lutar contra nós... Quero estratégias o mais rápido possível.

Pri: Ai meu Deus... – sua feição mudou para espanto - Fechem as fronteiras dos Estados Unidos, cancelem todos os voos imediatamente, desçam todos os aviões que estão no ar não interessa em que aeroporto, mas precisam descer agora ou isso pode ficar muito pior. – eu entendi na hora.

General: Não podemos fazer isso assim... – reagiu com espanto e nervosismo.

Pri: O presidente pode... Se não fizer, os sequestros não vão parar e os aviões continuarão caindo e não vamos dar conta de resgatar nossos mortos e feridos. Não quer um novo 11 de setembro general, dessa vez acontecendo por todo os Estados Unidos e principalmente na Casa Branca e no Capitólio, quer? Ninguém deles fez nenhum pronunciamento ainda, então estão planejando algo ainda, e daqui a pouco tem um 737 caindo em cima de nós.

Eu: Fechem as fronteiras e desçam todos os aviões agora... – bati na mesa.

General: Coloquem o presidente na linha... Vamos providenciar isso... Agora façam o que precisam fazer. – saímos rapidamente.

Pri: Sabe que poderia ser presa por socar a mesa do general não sabe?

Eu: É por uma boa causa. Ele não ia fazer nada, e como já temos o motivo disso tudo, a notícia vai se espalhar ainda mais rápido e se tiverem infiltrados por todos os aeroportos dos Estados Unidos, seria uma questão tempo ter um avião entrando em algum prédio lotado, algum shopping, novamente no Pentágono ou pior, explodindo o Capitólio e a Casa Branca e não sobrando nem presidente pra contar a história.

Pri: Amor... – me segurou. – Cuidado lá fora. – me deu um beijo rápido.

Eu: Eu vou me cuidar. Eu te amo.

Pri: Eu te amo. – corri para o galpão dei as ordens, chequei o helicóptero falei com a Russell, meu copiloto entrou com mais duas pessoas e saímos. Era bom estar pilotando novamente. Fizemos uma varredura por mais de 500 milhas, parando só para abastecer, até encontrarmos o primeiro ônibus...

XXX: Tenente... Olha pra baixo... – eu olhei.

Eu: Meu Deus... Está queimando a muito tempo... Consegue ver se tem alguém dentro?

XXX: Corpos, carbonizados. Foi uma explosão.

Eu: Ok... – fiz contato – Atenção... Aqui é a tenente Smith a bordo do helicóptero AH-64D. Encontramos um dos ônibus. Está queimando a algum tempo, não há sobreviventes. No quilômetro 35 no Kansas, Missouri.

XXXX: Entendido tenente. Vou entrar em contato com as autoridades locais. Consegue descer?

Eu:Consigo... –desci um pouco e um dos meus soldados desceu por uma corda para checar. Ele fezimagens, dava para ver de onde era o ônibus. – De acordo com os dados, esse ônibus saiu de Westmooreland com 40passageiros com destino a Lawrence. E foi bem mais longe. 150 milhas maislonge... Vamos seguir essa linha de 150 milhas mais longe que todos os destinos...- E assim fomos até a noite do dia seguinte, parando para comer eabastecer. Encontramos 5 ônibus, todos do mesmo jeito e no mesmo padrão dedistância, pegando fogo e lugares desertos. As forças armadas do restante dopaís encontraram o restante dos ônibus espalhados cada um por sua região, desdeMiami até New York. Depois de 42 horas, estava pousando na base do Exército deChicago. Eram nove horas da noite. Eu estava exausta. Pousei... – Bom trabalho pessoal, agora vão tomar umbanho, se alimentar e dormir. Obrigada e até manhã... – eles desceram eudesliguei tudo e desci também. Fiz um pedido de manutenção do helicóptero e fuipara o meu dormitório.