Capítulo 49

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Abri a porta a Pri não estava. Eu deixei minhas coisas tirei aquela roupa que já estava suja e suada coloquei no cesto de roupa suja, peguei minha nécessaire e uma toalha e entrei no banho. Lavar meu cabelo aquela hora era tudo que eu queria. Logo senti a mão da Pri no meu corpo.

Pri: Oi... – sussurrou.

Eu: Oi amor... Estou exausta.

Pri: Deixa que eu lavo seu cabelo. – ela lavou meu cabelo, minhas costas. Eu lavei o resto do corpo, fiquei de frente pra ela e a beijei longamente. – Pronta pra sair?

Eu: Sim... – saímos do banho, sequei o cabelo com a toalha, coloquei outra roupa, ela se trocou, colocando outra farda, ela ainda ia trabalhar de novo.

Pri: Vou buscar seu jantar.

Eu: Por favor, estou faminta. – a beijei e ela saiu. Logo ela voltou com um prato enorme de comida pra mim e uma barra de chocolates. – Que delícia, eu comi muito mal nessas 42 horas. E eu preciso tirar leite eu estou morrendo de dor.

Pri: Vamos tirar leite primeiro eu te ajudo pra ir mais rápido e você come e descansa. – ela me ajudou, eu nunca fiquei tão feliz em usar uma bombinha extratora de leite na minha vida. Estava aliviada por tirar todo aquele leite.

Eu: Deu uma mamadeira cheia, a Sosô deve estar louca pra mamar em mim – suspirei – Falou com alguém lá de casa? Nossas filhas ainda estão vivas ou a gente nem tem mais onde morar?

Pri: Nossas filhas quase mataram sua irmã, mas entre mortos e feridos todos se salvaram. – riu. Eu comecei a comer.

Eu: Ah meu Deus, o que elas fizeram?

Pri: Sabe que nossas crias com as crias da Julie é formação de quadrilha né? Emilly rolou escada a baixo porque pisou num brinquedo, está toda esfolada, levou 3 pontos na testa e está com um colete cervical.

Eu: Meu Deus, eles quase mataram minha irmã. – eu comecei a rir mas estava preocupada.

Pri: A Anna a levou ao hospital, foi parada pela polícia que entendeu o que estava acontecendo e recebeu um adesivo para o carro assim elas poderiam ir e vir com segurança até o hospital. As meninas estão bem, a Mel está comendo bem, a Sophie está sentindo falta do tetê chorou muito essa noite passada, mas depois conseguiu dormir.

Eu: Que dó amor. Eu vou tentar ir lá de manhã. Eu saio de novo só amanhã a tarde.

Pri: A Julie levou os filhos pra casa de novo ficou preocupada com a Emilly agora machucada não ia dar conta. A babá dela está ficando com as crianças e a irmã dela foi pra lá também. Ela está menos preocupada agora que a pequena quadrilha está separada, mas deu muita risada apesar de tudo.

Eu: E como ela está com tudo isso de voltar depois de tantos anos?

Pri: Ela já chorou bastante, não está feliz, mas está mais calma de saber que não vai voltar para o Afeganistão né. O Afeganistão causou a morte do marido dela e quase a matou também. Imagina o dejavu que ela está tendo. Seria igual pra gente se fossemos para o Iraque.

Eu: Sim, meu coração ficou aliviado com isso também. Mas é só o começo. Eu vi gente morta carbonizada por horas e com certeza vou pilotar nos resgates de corpos, e eu odeio fazer resgate de corpos você sabe disso. Mas é nossa obrigação não é, temos que fazer isso.

Pri: É... Temos que fazer isso.

Eu: E como está a situação toda, me atualiza... – enquanto eu almoçava ela me atualizava de tudo. Estavam procurando os destroços e os corpos no mar, ainda não haviam encontrado quase nada além de poucos destroços, mas nenhum corpo. No dia seguinte eu sairia no caça para ajudar nessas buscas. Terminei de jantar, comi meu chocolate escovei os dentes e deitei. Dormi até as 9 da manhã do dia seguinte. Fui pra casa, meu carro já tinha um adesivo do exercito então eu podia transitar e eu estava de uniforme também.

Sosô: Mama...

Eu: Oi amorzinho que saudade – a peguei e a beijei – Ai que cheirosa...

Emy: As terroristas estão nessa casa e na casa da vizinha do lado, prendam todos – falava do sofá.

Eu: Meu Deus, você está pior do que eu pensava. – ria.

Emy: Não tem graça, eu estou morrendo de dor.

Eu: Está tomando remédio?

Emy: Estou.

Mel: Mamãe – veio correndo.

Eu:Oi filha vem aqui –ela subiu no sofá e eu a abracei forte – Aique cheirinho bom que saudade meu amor tudo bem? – a beijei muito. A Sophiejá quis logo o tetê, a Mel ficou deitada na minha perna vendo desenho. Eufiquei contando como tudo estava. Almocei com as duas, fiz as duas dormiremdepois do almoço e sai de novo. A Pri ia jantar com elas, deixei um bilhete namesa de cabeceira dela pra quando ela fosse em casa. Passei o dia todosobrevoando o oceano e era como procurar uma agulha num palheiro. No diaseguinte pela manhã começamos a ver as manchas de óleo e em seguida algunsdestroços do avião. O exército da Flórida encontrou os navios. Algunspassageiros e tripulantes foram mortos, houve confronto, mas conseguiramcapturar os terroristas e os navios estavam voltando para o porto. Dois diasdepois os primeiros corpos começaram a boiar pelo oceano os destroços começarama aparecer em todos os cantos. Eu troquei de aeronave, precisávamos de um naviopara recolher destroços e corpos e já estavam a caminho. Fiz alguns resgates devivos de um navio na Flórida não estava bem e precisava ser hospitalizados.Voei no C-17 para lá e de lá peguei o helicóptero para fazer os regastes. Elesestavam com poucos pilotos. Um dos resgatados morreu quando pousamos noheliporto do hospital. 

 

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NATIESE EM: NO AMOR E NA GUERRAOnde histórias criam vida. Descubra agora