EXTENDED BONUS 7

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SOPHIE NARRANDO...

The black sheep of the family...A ovelha negra da família. Eu era vista como a filha errada principalmente pela dona Priscilla. Quando eu nasci meu irmão estava doente e todas as atenções foram voltadas para ele, logo minha irmã teve o diagnóstico de autismo e mais uma vez as atenções saíram de mim. Não me faltou amor nem nada, mas eu tive minhas mães o menos possível de atenção e estava tudo bem para elas. Eu era muito pequena e pode parecer ridículo, mas de alguma maneira sentia que o mundo girava em torno da Melanie e do Noah. Em algum momento o espaço que muitas vezes perdi na vida delas, deixou de existir definitivamente e elas não perceberam isso. Doía... Eu comecei a beber e a fumar maconha depois que fiz amizades que minhas mães odiavam. Fiz essas amizades porque elas odiariam. Minha mãe Priscilla gritou, me agrediu, quase me matou embaixo da água gelada enquanto lá fora nevava, tirou meu carro de mim. No aniversário dela eu não me aproximei, apenas dei meu presente e me limitei a ficar no meu canto. Eu já estava decidida a sair de casa depois do que aconteceu, mas a acusação de que eu estava usando cocaína vindo da minha mãe Natalie doeu muito. Aquilo não era meu. Poderia ser de algum dos meus amigos, mas não era meu. Eu nunca toquei naquilo. Fiz minhas malas antes de dormir, peguei meu cartão, eu tinha uma conta que minhas mães, meus avós, meus tios sempre depositavam um dinheiro para mim, e meus irmãos também tinham uma. A algum tempo eu abri uma nova conta sem que elas soubessem e transferia dinheiro dessa conta para a conta nova. No caixa eletrônico da universidade eu consegui tirar 2 mil dólares. Fui ao banco antes de ir para casa e tirei mais 2 mil dólares. Fui para casa da Amber depois que minhas mães foram para o quarto delas. Amber foi me buscar, ela me esperava duas casas antes da minha. Desci com as minhas malas e fui até o carro dela.

Amber: Tem certeza que quer fazer isso?

Eu: Tenho. Eu preciso.

Amber: E a faculdade?

Eu: Posso fazer aulas a distância, não vou perder muita coisa por enquanto.

Amber: Sophie... Suas mães pagam sua faculdade, acham mesmo que elas não vão bloquear isso. Você estuda numa das melhores universidades de Chicago. Você tem todo o apoio delas. Eu perdi a chance de estar na Loyola por burrice minha, não faça isso com você.

Eu: Amber, vai me ajudar ou não?

Amber: Tá bom. – rolou os olhos. Fui para a casa dela, consegui uma passagem para onde eu queria ir. – E ai conseguiu a passagem?

Eu: Sim. Uma escala em Fort Lauderdale. – mostrei a ela.

Amber: Sophie... Por que vai fazer uma escala se você pode ir direto? O que você está aprontando?

Eu: Minhas mães vão descobrir então vou dar um tempo para elas me perderem de vista.

Amber: Não entendi.

Eu: Minha mãe Natalie é capitã reformada da Air Force USA. E a minha mãe Priscilla é General da Inteligência da Army.

Amber: Se o FBI aparecer na minha porta eu mato você.

Eu: Eles não vão aparecer aqui Amber.

Amber: Você é maluca Sophie. Suas mães trabalham para o governo. Elas vão botar até o pentágono atrás de você.

Eu: Não é bem assim.

Amber: E como pretende despistá-las? – cruzou os braços.

Eu: Eu vou para Fort Lauderdale, vou passar uma noite lá e vou trocar minha passagem para outro destino e pagar a diferença em dinheiro. Assim quando rastrearem meu cartão de débito da conta que elas conhecem, o que elas vão fazer, elas terão apenas o meu último destino pago nele.

Amber: E sua conta secreta?

Eu: Questão de tempo acharem. Estou tirando dinheiro da conta que elas me deram, vou tirar amanhã antes de viajar e quando chegar em Fort Lauderdale também, antes que elas bloqueiem também como fizeram com meu cartão de crédito.

Amber: Quanto já tem?

Eu: Eu tirei 4 mil dólares, mas já tinha em casa 3 mil dólares.

Amber: É muito dinheiro pra você andar assim.

Eu: Eu sei, mas não tenho escolha. – a gente conversou até quase amanhecer. Saímos de casa as 7 da manhã fomos num laboratório.

XX: Bom dia.

Eu: Bom dia. Eu gostaria de fazer um exame de sangue.

XX: Você tem pedido?

Eu: Não. É um teste de drogas. Eu estou em jejum não sabia se precisaria, então ainda não tomei café.

XX: Não tem necessidade. Mas você quer especificar o quer descobrir?

Eu: Minha mãe acha que eu uso cocaína e eu quero provar pra ela que não. Eu vi na internet que vocês entregam o exame em casa também e queria saber se podem entrar na minha casa.

XX: Sim podemos. Não é possível fazer esse exame com plano de saúde.

Eu: Tudo bem, quanto é?

XX: O exame e a taxa de entrega fica em 70 dólares.

Eu: Ok. – daria positivo para maconha, isso não e novidade para as minhas mães. Mas eu queria provar que não uso nada além disso. Fiz o exame.

XX:Até as 17 horas será entregue na sua casa. Se quiser alguma observação no examepode digitar aqui no seu login. –me entregou um ipad. Eu entrei na observação e digitei "Para que soubessem que eu nunca usei nada além da maconha comodesconfiam – Sophie." Tomei café da manhã com a Amber passamosnum caixa eletrônico tirei 1 mil dólares e ela me deixou no aeroporto,embarquei para Fort Lauderdale. Amber me prometeu não dizer nada. Mas porsegurança não disse meu destino final. Meu voo durou 3 horas e meia, tirei mais1 mil dólares no aeroporto e fui para um hotel. Paguei em dinheiro, deciditrocar minha passagem só a noite, assim cairia no sistema só pela manhã entãominhas mães não saberiam. Do hotel fui até um shopping comprei um novo telefonee desliguei o meu. A noite troquei minha passagem, eu faria duas escalas atémeu destino. Eu ia de Fort Lauderdale para Houston e de Houston para São Paulo,sim eu estava indo para o Brasil. 

NATIESE EM: NO AMOR E NA GUERRAOnde histórias criam vida. Descubra agora