Capítulo 17

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29 DE AGOSTO...

Era domingo acordei as 6 da manhã tava inquieta. A Sophie acordou 7 horas, estou fazendo desmame com ela, mas está difícil. Fiz mamadeira pra ela e pra Melanie e ela não quis. A Mel mamou na mamadeira e dormiu de novo. Só troquei a fralda dela e a Sophie mamou no peito e dormiu de novo. Troquei a fralda dela e a coloquei no berço dela de novo. Diorio desceu tomou café comigo a campainha tocou era a Julie.

Eu: Oi Julie bom dia...

Julie: Bom dia... Me ligaram do Iraque pedindo pra vir pra cá que estavam designando um oficial para trazer notícias. – a campainha tocou novamente antes que eu processasse a informação... A mesma cena... O soldado e o capelão oficial.

XX: Segundo tenente Smith... Capitã Parker.

Julie: A vontade.

Eu: A vontade – dei espaço... O mesmo sentimento. Tudo em câmera lenta. – Sentem-se.

Julie: Senta Natalie.

Eu: Não, eu prefiro ficar de pé... – estava inquieta demais para me sentar.

Capelão: Ela foi encontrada.

Eu: E...Ela tá...

Capelão: Ela está viva...

Eu: Ah meu Deus – coloquei as mãos no rosto e desmontei no chão. Chorei sentindo a Julie e a Nathalia me abraçarem.

Capelão: Ela foi resgatada por um grupo de ex soldados iraquianos. Eles a encontraram, cuidaram dela todo esse tempo. Quando ela ficou bem o suficiente para andar, eles a deixaram próximo a base e ela caminhou até lá. Eles não poderiam ser reconhecidos por N motivos que a senhora deve saber.

Eu: Como? Como ela está?

Capelão: Ela levou 5 tiros. Um deles foi na cabeça. Ela está vindo para os Estados Unidos num avião da Força Aérea. Deve chegar em uma hora. Ela vai ser levada para o hospital do exército aqui de Chicago, onde vai passar por avaliações, exames e se necessário novas cirurgias. Um dos tiros como eu disse, foi na cabeça, e ela está muito confusa. Pelo que sabemos ela levou algum tempo para se lembrar quem era, que é casada, que tem filhos quem é a senhora. Ela ainda apresenta lapsos de memória, então é preciso muita paciência. Ela está com traços muito fortes de TEPT ela precisar de forte apoio psicológico. Pedimos que leve a documentação dela, ela será reformada. Ela não volta para o Iraque mais.

Eu: Ok... Eu... Eu preciso ir para o hospital...

Capelão: Vá para a sede do exército, que vão te encaminhar para o hospital. Precisa que um carro a leve?

Eu: Não, eu vou dirigindo.

Capelão: Tudo bem. Ficamos felizes, é um final feliz apesar de tudo.

Eu: Sim... Muito obrigada... – sorri apertando a mão dos dois e eles foram embora. Eu ria e chorava ao mesmo tempo. Liguei pra minha mãe e para o meu cunhado avisando. Ele se encarregaria de avisar a Patrícia. Minha irmã ia cuidar das meninas pra mim, e eu e a Diorio iriamos para o hospital. Peguei o carro da Priscilla, ia nele pra deixar meu carro com as cadeirinhas pra minha irmã sair com as meninas. Fiz minha mala, a Diorio fez a dela. O hospital do exército fica em Chicago mesmo, mas era bem na saída da cidade o que dava mais ou menos uns 50 minutos de casa sem trânsito, então ficaríamos num hotel. Julie não poderia ir, mas ficaria em contato comigo. Recebi uma ligação informando que ela já estava no hospital. Eu não conseguia ligar o carro dela eu tremia.

Diorio:Ok... Calma... Eu dirijo, porque você não tá nem conseguindo ligar esse carro ese conseguir ligar eu não quero que mate a gente ok. Troca comigo – trocamos de lugar. Esse trajeto parecia terdurado uma vida. 

NATIESE EM: NO AMOR E NA GUERRAOnde histórias criam vida. Descubra agora